segunda-feira, 23 de maio de 2011


Irmã Dulce é beatificada em Salvador

Deixou “um prodigioso rasto de caridade ao serviço dos últimos”, diz Papa
SÃO PAULO, domingo, 22 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Irmã Dulce (1914-1992) foi beatificada no final da tarde deste domingo, em cerimônia realizada no Parque de Exposições de Salvador, com a presença de cerca de 70 mil fiéis.
Presidiu à cerimônia o cardeal Geraldo Agnelo, arcebispo emérito de Salvador. Estavam presentes o núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, entre outros clérigos.
A imagem oficial da beata Irmã Dulce estava colocada no palco e foi descerrada ao final da missa.
Milhares de pessoas estavam reunidas no Parque de Exposições desde o início da tarde. Antes da missa de beatificação, houve shows, testemunhos e a encenação de uma peça de teatro que retratou a vida de Irmã Dulce.
Cláudia Cristina, que recebeu o milagre por intercessão de Irmã Dulce – a cura de uma forte hemorragia não controlável durante o parto –, emocionou-se ao falar da graça, que teve reconhecimento do Vaticano no processo de beatificação.
"Estou muito agradecida. Confio em Deus e não sabia da história de Irmã Dulce, mas o milagre é incrível. Por tudo que passei, não era para eu estar aqui hoje. Basta crer, que tudo é possível. Eu acredito totalmente no milagre", disse, entre lágrimas, segundo refere o jornal A Tarde.
Os pequenos atos de amor de Irmã Dulce se traduziram em grandes obras sociais: ela fundou a União Operária de São Francisco, um movimento cristão de operários na Bahia.
Mais tarde, começou a refugiar pessoas doentes em casas abandonadas em uma ilha de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares.
Por fim, instalou-os no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo Antonio, o centro de um complexo médico, social e educacional que continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o Brasil.
O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo governo brasileiro para o Prêmio Nobel da Paz.
Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra. Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil.
João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma.
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Colaboração do amigo Adilson Gurgel

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