domingo, 11 de setembro de 2011


O DOMINGO É PARA SONHAR, VIVER, AMAR!



·         "A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós – os humanos – não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?” (Khalil Gibran)
(     (mensagem enviada pelo meu filho Carlos Rosso, no dia do meu aniversário, ocorrido ontem)

Soneto de aniversário

Vinicius de Moraes

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

(Rio, 1942)
Texto extraído da antologia
"Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa",
Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 451.
Conheça a vida e a obra do autor em "Biografias".
(Colaboração do meu filho Carlos Rosso)


Minha Terra é a Caatinga
Fátima Alves
 
Minha terra! Berço meu...
É a caatinga nordestina
Sua cara é inconstante
Pois a seca vem nos ver
E as vezes quer ficar
Muito tempo a nos secar
Pra mudar nossos retratos

Nesse tempo que não chove
A paisagem adormece
E parece que estar morta
Mas quando a gente conhece
Sabe que tudo estar vivo
A esperar pelas chuvas
Pra acordar bem feliz

Quando chove em nossa terra
Um manto verde é bordado
E o sono de tudo seco
Agora lindo desperta
Pra natureza festejar
Em abundante riqueza
Um bioma tão diverso
Minha terra ! Berço meu...

Te conheço feito abelhas
Que visitam tuas flores
E te amo como as nuvens
Que chovem pra te acordar...
Caatinga! Berço meu...
Quero ter sempre a sua cara...

Súplica de um filho
Jania Souza


Um abraço
um beijo
um afago

um carinho sempre presente
mesmo quando o não
é o laço necessário à subida do caminho

sempre uma palavra de coragem
quando o fracasso
escalou as paredes do fundo do poço
na destruição de uma vida

uma mão estendida
sempre a frente
com os olhos da verdade
alerta o perigo que há
na mentira pintada nas entrelinhas do mundo


na bola vejo teu sonho de garoto alegre-inocente-feliz
na pipa livre encontro teu espírito de guerreiro da vida
no livro encontro tua palavra, mensagem em meu peito


quando pequenininho desejei ser como tu és
forte, invencível, meu maior herói
mas tu não vias minhas necessidades de carinho

sempre ocupado com afazeres ou prazeres com amigos
eu ficava no canto, relegado ao último plano
em tua agenda sempre comprometida

esperava ir ao parque ou a corrida de bicicleta
como os pais de meus amigos faziam
até um programa de cinema
para mim seria a própria loteria

mas espero que tu acordes
para as minhas e as nossas necessidades
para sermos felizes hoje e sempre

quero descobrir o mundo
vencer qualquer obstáculo
com a segurança da tua mão em minha mão
meu coração no teu coração
e a lembrança dos nossos passos sempre em união.
Geralda Efigênia Macedo

Endureci meu coração
navegando nas ondas
dessa vida de descontentamento
alheia vendo a razão
tramitar entre a emição.


As flores que me encantavam
já não passa mais a
mesma mensagem,
as rosas e seus espinhos
feriram-me tão profundamente
que já não sinto o
exalar do perfume que
outrora senti.


O canto do jardim que me convidava
a meditar, deixou de existir,
já não tem nada por lá,
o que ontem foi glória,
hoje só está na memória
desses meus já quase enferrujados
neuronios que ainda teimam em
me fazer lembrar que amanhã
é um outro dia e que sendo
outro dia ainda é possivel sonhar...
sonhar, dormir, acordar, amar, odiar
quere, abraçar. Sei que é possivel,
e um novo amanhecer dirá.






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