domingo, 4 de setembro de 2011

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Do livro de poemas “Aqui hago justicia”, de Alfredo Pérez Alencart, com traduçãode de António Salvado, em homenagem ao escritor potiguar François Silvestre de Alencar:


Orfandade

Perder um pai

é perder um imã.



Mas tu não és

daqueles que se redobram,

ainda que te atirem

látegos ferozes.



Perder um pai

é nascer duas vezes

saudando ausências

com as mãos

escondidas.



Mas tu não és

engolidor de tristezas:

maduras

em plena infância

e continuas inocente

na tua idade madura.



Perder um pai

é perder

uma luz que não tem

princípio ou fim.



O QUE HÁ EM TI E EM MIM

Ivam Pinheiro


Descobri agora que há em ti

A leveza do voar do colibri

O encanto belo de uma flor

O amor imantado no coração

Sensação guardada no amor

Desejo de ternura e emoção.



Achei querer bem no olhar

O seu sorriso lindo estava lá

Já perfeito de alegrias e luz

O teu ser é imensidão e há

Ensejo de graças que seduz

Sonhos e desejos de cantar.



Cantar o amor no teu nome

Beijos doados em voz rouca

Louca paixão na agonia some

O amor supera a sua timidez

E o grito de gozo sai da boca

Amor que recusa um talvez.




DEL AMOR QUE PERMANECE

Lúcia Helena Pereira



Háblame de ese amor que queda

en el perfume de la rosa que te dí

y deshojaste en la madrugada insomne.



Preciso saber de ese amor inmenso,lento,volviendo

para quedar un día, preso entre nosotros dos

Concha del mar,luna de abril, brisa que el viento agrede



Háblame de esa rosa que queda

en un jarro de vidrio azul desvanecido

donde ella se destaca y se duerme

amaneciendo en un sudor de luz.



Háblame de ese amor que queda en la dulzura de un cansancio de esperas

En la luminosidad de un día festejado de sol

en la hora íntima de juntar nuestros cuerpos ...

y manos!!



Preciso de esa sonrisa tuya,amorosa

de la traslúcida hora de afecto y de orgasmo

de una flor,prendida al gajo

y desprendiéndose,pariendo solita



Háblame del amor que queda eterno

Lindo y lírico,pleno de noches y madrugadas

el amor que nada pide,recibe



Y se dá!


(tradução)


DO AMOR QUE FICA

Lúcia Helena Pereira



Fale-me desse amor que fica

No perfume da rosa que te dei

E desfolhaste na madrugada insone.



Preciso saber desse amor imenso, lento, chegando

Para ficar um dia, preso entre nós dois,

Concha do mar, luar de abril,

Brisa que o vento agride.



Fale-me dessa rosa que fica

Num jarro de vidro azul esmaecido,

Onde ela se destaca e adormece,

Amanhecendo em suor de luz.



Fale-me desse amor que fica

Na doçura de um cansaço de esperas,

Na luminosidade de um dia festejado de sol,

Na hora íntima, de juntarmos nossos corpos...

E mãos!



Preciso desse sorriso seu - amoroso,

Da translúcida hora da afeição e do orgasmo

De uma flor, presa ao galho,

E se desprendendo, parindo sozinha...



Fale-me do amor que fica - eterno,

Lindo e lírico, cheio de noites e madrugadas,

O amor que nada pede, recebe



E se dá!







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