quarta-feira, 12 de outubro de 2011

OS PARADOXOS DA VIDA
Hoje, ao nascer o dia 12 de outubro, muitas coisas me chegaram à mente. São lembranças, descrenças, saudades, atitudes contraditórias, mas também bons sentimentos.
Celebramos a solidariedade e a paz, na figura da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida,
sob o manto do Cristo Redentor, nos seus 80 anos sobre a Guanabara.
Em Natal, registram-se os 83 anos do estádio Juvenal Lamartine, sem um aplauso sequer, mas sob a ameaça de “leilão”.

Em outro plano, a apreensão do mundo para a crise economico-financeira, ditando as regras de equilíbrio e prudência. No nosso Estado, o Governo desatento à crise, endivida-se em muitos milhões de dólares (US$540) ou 1.015 bilhão de reais, quase por unanimidade da Assembléia Legislativa. É a forca para exterminar nosso Estado, pois se encontrando em situação aflitiva, nada faz para minimizar o descalabro da gestão.

Se por um lado existe a explosão nos presídios, em outro o desperdício da merenda escolar, quando excedente ao número de alunos que comparecem às aulas, pois houve incompreensível proibição de que, dessa sobra, possam os professores aproveitar como refeição paliativa. O lixo é o caminho mais fácil!

Tivemos a perda de dois ícones em suas respectivas atividades
José Vasconcelos, o humorista do Brasil, deste os bons tempos do radio;
e o italiano Vincenzo Giorgio, dono da Bella Napoli, figura humana que brilhou por mais de 40 anos no cenário da gastronomia e da solidariedade em nossa terra, parte integrante da nossa geografia sentimental.

Mas, enfim, hoje é o dia da criança:


MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !

Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã

Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha, irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Pés descalços, braços nus,
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas
Brincava beira do mar!

Rezava as Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar !

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da, minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!






 



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