sábado, 2 de abril de 2011


HÁ 98 ANOS
FRANCISCO GOMES DA COSTA


O velho General Costa, único filho vivo da descendência do Coronel João Gomes da Costa e Anna Rodrigues da Costa, nasceu na Fazenda Pitombeira, do Município de Taipú, aos 2 dias do mês de abril de 1913, tendo sobrevivido à sua esposa Mabel Rose Jardine Costa, exemplo de virtude. Ingressou na vida militar em Realengo no dia 8 de maio de 1935 e, após uma longa e brilhante carreira, chegou ao posto de Coronel e, em razão de ter a condição de ex-combatente, foi para a reserva no posto de General de Brigada e, em 1966 General de Divisão. Detentor de várias condecorações, foi durante dois anos e meio Presidente da Subcomissão Geral de Investigações no Rio Grande do Norte, entre 1970 e 1972.
Sua dedicação à família foi marcante e, em relação ao meu pai, certa vez, num momento de enfermidade deste, exigiu que fosse buscar outro centro, pois em Natal ainda não havia instrumental de alta precisão e ao fazer isso disponibilizou até o seu patrimônio. Prova maior de amor não poderia ser dada.
Sobre ele conheço muitos episódios, mas espero um dia coletá-los para uma homenagem singular. Por enquanto, registro a entrevista que me concedeu em sua casa da Rua Olinto Meira, 1027, constatando que, apesar dos seus 98 anos, ainda está completamente lúcido e disposto a continuar sua jornada por mais alguns anos, se Deus o permitir. Chegou a fazer um croquis completo de toda a Fazenda Pitombeira, seus prédios, seus moradores e seus acidentes geográficos. Colocou no verso de uma fotografia de família todos os dados dos seus irmãos, do primeiro matrimônio de João Gomes da Costa com Bernardina Rodrigues da Costa - Maria (AA), casada com João Severiano da Câmara; Luzia (Ziá), que morreu muito cedo, em 1929, casada com Jerônimo Severiano da Câmara; José Gomes da Costa (Zeco), casado com Maria Ligia de Miranda Gomes; Antônio Gomes (Tonho), casado com Isaura Juvênio da Câmara; Jerônimo Gomes (Loló), casado com Otacília Teixeira Gomes; Pedro, casado com Maria da Conceição Rocha, Manoel (Ué), casado com Ligia Bemfica; do segundo matrimônio, com Anna Rodrigues da Costa, então viúva de Sergio Guedes da Fonseca, que trazia desse casamento o Dr. Sérgio Guedes da Costa, casado com Elizier da Câmara Bemfica (Zizi), o qual foi criado sem nenhuma discriminação, nasceram: Francisco (Ici), casado com Mabel Rose Jardine Costa; Luiz (Zilú), casado com Maria Dulce e depois com Estrela da Liberdade; Paulo, casado com Olindina dos Santos Lima; Maria (Lilia), solteira. Houve um filho no período da viuvez – Luiz, criado entre os filhos legítimos e que morreu ainda jovem.
A FAMÍLIA LHE TRIBUTA TODAS AS MERECIDAS HOMENAGENS.

sexta-feira, 1 de abril de 2011


STF reconhece repercussão geral em mais dois temas:
Recursos que tratam de teto remuneratório e cláusula de barreira em concurso público


Recursos que tratam de teto remuneratório e cláusula de barreira em concurso público foram reconhecidos como tema de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal. No primeiro caso, é questionado se o teto constitucional deve incidir sobre cada remuneração isoladamente ou sobre a somatória delas; enquanto no segundo será discutido se as cláusulas de barreira dos editais de concurso público, que selecionam apenas os candidatos com melhor classificação para prosseguir no concurso, são constitucionais.

Teto remuneratório
O governo de Mato Grosso ingressou com Recurso Extraordinário no STF contra decisão do Tribunal de Justiça do estado em favor de um servidor público. Segundo a corte mato-grossense, o teto remuneratório estabelecido no artigo 37, inciso XI, da Constituiçãol, com a redação da Emenda Constitucional 41/03, deve ser aplicado, isoladamente, a cada uma das aposentadorias recebidas, e não a somatória das remunerações. Os desembargadores entenderam também que, no caso, em que o servidor acumulou cargos públicos, a verba remuneratória por cada cargo não ultrapassa o montante recebido pelo governador.

O relator do caso no Supremo é o ministro Marco Aurélio. “A situação jurídica é passível de repetir-se em inúmeros processos relativos às esferas federal, estadual e municipal e a servidores que recebem de fontes diversas, mediante a acumulação de cargos na atividade ou reingresso, após aposentadoria, no serviço público”, afirmou o ministro, ao justificar a repercussão geral no caso.
__________
FONTE: Boletim CONJUR - 28/3/2011

CNJ muda horário de atendimento do Judiciário

Todos os tribunais e órgãos jurisdicionais terão de atender o público, no mínimo, das 9h às 18h. O novo horário de atendimento do Poder Judiciário ao público foi aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça na sessão plenária desta terça-feira (29/3) vale de segunda a sexta-feira e precisa respeitar o limite de jornada de trabalho dos servidores.

A alteração atende a um pedido de providências da Ordem dos Advogados do Brasil do Mato Grosso do Sul, segundo a qual, quem precisava dos serviços jurídicos estava sendo prejudicado porque alguns tribunais adotaram diferentes expedientes.

Para entrar em vigor, a resolução que altera os horários ainda precisa ser publicada no Diário da Justiça Eletrônico. A nova norma altera a Resolução 88, de setembro de 2009, incluindo um parágrafo no primeiro artigo.

O relator do processo foi o conselheiro Walter Nunes da Silva Jr. Com informações da Assessoria de Imprensa do Conselho Nacional de Justiça.

Leia a resolução aprovada:

RESOLUÇÃO Nº __, DE 29 DE MARÇO DE 2011

Acrescenta o § 3º à redação do artigo 1º da Resolução nº 88, de 08 de setembro de 2009

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições constitucionais e regimentais, e

CONSIDERANDO que a fixação de parâmetros uniformes para o funcionamento dos órgãos do Poder Judiciário pela Resolução nº 88, de 08 de setembro de 2009, apenas quanto à jornada de trabalho de seus servidores, fez com que houvesse uma multiplicidade de horário de expediente dos órgãos jurisdicionais;

CONSIDERANDO que há vários horários de expediente adotados pelos tribunais, inclusive em relação a alguns dias da semana, o que traz prejuízos ao jurisdicionado;

CONSIDERANDO que o caráter nacional do Poder Judiciário exige a fixação de horário de funcionamento uniforme pelo menos em relação a um determinado período do dia;

RESOLVE:

Art. 1º. Fica acrescentado ao artigo 1º da Resolução nº 88, de 08 de setembro de 2009, o § 3º com a seguinte redação:
§ 3º Respeitado o limite da jornada de trabalho adotada para os servidores, o expediente dos órgãos jurisdicionais para atendimento ao público deve ser de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 18:00 horas, no mínimo.

Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

Min. Cezar Peluso, Presidente.
___________
FONTE: "Boletim CONJUR - 28/3/2011

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN – UBE/RN
EDITAL 01/2011

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA – EDITAL DE CONVOCAÇÃO


O Presidente da União Brasileira de Escritores – UBE/RN convoca os associados que estejam em pleno gozo de seus direitos sociais estabelecidos no Estatuto para se reuniram em Assembléia Geral Ordinária, que se realizará no dia 13 de abril (quarta-feira) de 2011 , à Rua Potengi (no auditório da Aliança Francesa), no bairro de Petrópolis, em Natal/RN, nesta Capital, às 16:30 h (Dezesseis horas e trinta minutos) em primeira convocação, com presença de maioria absoluta dos associados; trinta minutos após, em segunda convocação, com qualquer numero dos Associados, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia:

A) Informes
B) Eleição de novos sócios
C) Prestação de contas do exercício de 2010
D) Filiação da UBE/RN à recém criada Federação de Entidades Culturais – FINCS

Natal/RN, 31 de março de 2011
Eduardo Gosson
Presidente
___________________
OBS.: Um dos temas da reunião será a questão da filiação ou não da UBE na Federação das Instituições de Cultura do Rio Grande do Norte, criada recentemente por uma ideia do escritor Jurandyr Navarro, com o único propósito de reforçar o movimento cultural do nosso Estado. Alguns confrades não captaram a exatidão desse propósito e entendem que a UBE/RN deve fucar distante dessa Entidade. O assunto merece um debate e uma decisão democrática. É importante a presença do maior número possível de associados.
At. Carlos Gomes

quinta-feira, 31 de março de 2011

ATENÇÃO À COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA



ACIBRA/RN - Associação Cultural Ítalo-Brasileira
MADRELINGUA - Centro di Cultura Italiana
apresentam
A IDENTIDADE ITALIANA
Ciclo de encontros sobre as pessoas, as idéias, os produtos que fizeram a Itália até hoje
Convidados: Viviane Teles - Arquiteta e Erich Rodrigues - Presidente da Junior Achievement/RN
DATA = 1° DE ABRIL
HORÁRIO = 19:30 HORAS
LOCAL = LIVRARIA SICILIANO MIDWAY - ENTRADA FRANCA
INFORMAÇÕES: 3219-4669 / 9991-0876

quarta-feira, 30 de março de 2011


PAI TÔ COM FOME

Vale a pena ler!!!!

Ricardinho nao aguentou o cheiro bom do pao e falou:

- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor , sem ter um tostao no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciencia....

- Mas pai, desde ontem nao comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coraçao de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar dirige-se a um homem no balcao:

- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, nao tenho nenhum tostao, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pao para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chao de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!

Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...

Agenor pega o filho pela mao e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcao, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijao, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua....

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fuba..

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena familia em casa, foi demais para seu coração tao cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho..

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, ja que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu inicio no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, ás 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...

Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa...

E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirao acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...

Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:

'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'

(História veridica)

Se acharem que vale a pena divulguem, pois nunca é tarde para começar e sempre é cedo para parar!!!??
_______________
OBS.: Diariamente tenho recebido dos amigos inúmeras mensagens, de toda natureza, algumas marcam pela dureza dos acontecimentos. Além deste fato que agora transcrevo, que mostra a solidariedade de poucos, recebi um outro que mostra uma avó carregando no ombro um neto de 16 anos para tratamento médico, penando para conseguir que um ônibus pare para subir com o doente e sua cadeira de rodas e a mínima solidariedade para cumprir a sua missão. Enquanto isso, o Poder Público insiste em destruir equipamentos já construídos e ilusoriamente oferta um projeto megalomaníaco. Por isso, retribuí o e-mail com a seguinte crítica:
Estimados Amigos e Amigas,
Quando vejo situações como esta, sinto uma profunda indignação contra a insensatez do Governo do RN e da Prefeitura de Natal em gastarem milhões ou até 1,2 bilhão com demolição do Machadão e construção de uma Arena de Ilusões, quando o Estado e a cidade estão carentes dos equipamentos básicos. Escolas estão caindo, faltam medicamentos, a polícia impotente, desemprego, buracos, hospitais abarrotados, pessoas morrendo nos corredores, o aeroporto de São Gonçalo sem perspectivas, a mobilidade urbana, tão badalada, não produz eficácia. Onde está o metrô de superfície e as ZPEs?????? Muita demagogia, muita badalação da imprensa (paga) e a qualidade de vida em baixa. Só DEUS poderá salvar nossa população, retirando de cena esses políticos malabaristas, ilusionistas e aproveitadores da credibilidade de uma população atrasada, que até aplaude a mentira.
Amigos e Amigas, orem com fervor por dias melhores.
Um abraço do velho professor Carlos Gomes.

terça-feira, 29 de março de 2011


HÁ 82 ANOS
JURANDYR NAVARRO DA COSTA


Natalense do signo de Aires, nascido no dia 29 de março de 1929. Porte elegante, mercê da condição de atleta - na mocidade foi campeão de voleibol, tendo atuado, também, nas peladas de futebol, no remo pelo tradicional Centro Náutico Potengi, basquete pelo Santa Cruz e natação nos saudosos veraneios da Praia de Areia Preta.
Esposo exemplar, pai e avô carinhoso, dedicado à família. Amigo incondicional de todas as horas.
Foi estudante dedicado no Colégio Santo /Antônio, dos Irmãos Marista e no Atheneu Norte-Rio-Grandense Diplomou-se em Ciências Jurídica e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Recife, tendo, no mesmo período, cursado Antropologia, como extensão universitária, estudando com o renomado sociólogo brasileiro,Gilberto Freire, como também realizando curso de Direito penal, como extensão universitária, sob a criteriosa direção e magistério do Professor Barreto Campelo. Tem Cursos de pós- graduação em administração e ciência política (UFRN) .
Ao concluir o Curso de Direito ingressou na advocacia, tendo sido eleito Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil , seção do Rio Grande do Norte, por dois biênios. Como tal, filiou-se ao Instituto dos Advogados - o braço cultural da OAB/RN, permanecendo, a esta filiado, com a inscrição de n 132. Integrou o Tribunal de Ética e Disciplina da Corporação dos Advogados do Rio Grande do Norte, exercendo, na condição de advogado, inúmeros cargos:
Advogado do serviço Social da Base Naval de Natal (MARINHA DO BRASIL), Advogado da Companhia de Águas e Energia- CAERN- (RN), Assessor Jurídico da Prefeitura de Natal, Consultor Jurídico do Instituto de Previdência do Estado- (IPE), Membro do Conselho Penitenciário do Estado, Promotor de Justiça – Adjunto das Comarcas de João Câmara e Santo Antônio, deste Estado, Assistente Legislativo Estadual, Procurador do Estado do Rio Grande do Norte.
Atuação em outros colegiados oficiais:
Membro do Conselho do Instituto de Previdência do Estado (IPE), Integrante do Conselho Diretor da Fundação José Augusto, Membro do Conselho Curador da Fundação José Augusto. Presidente da Comissão de Acumulação de cargos da UFRN. Membro da Comissão de Acumulação de cargos do Estado, Membro do Conselho Editorial da UFRN, Integrante do Conselho Editorial da Fundação “José Augusto”, Presidente da Comissão de Concurso para Professor da UFRN, Presidente da Comissão de Licitação da UFRN, Conselheiro do Conselho Estadual de Cultura.
No magistério foi Professor de Português do Colégio Estadual do Ateneu Norte-Rio–Grandense, Professor de Português e História do Brasil, do Colégio Agrícola de Ceará-Mirim, Professor de Estudo de Problemas Brasileiros da UFRN, Professor de Direito Comercial da UFRN, Professor de Legislação Social e Política da UFRN, Professor de Ciência Política da UFRN.
Exerceu inúmeros cargos comissionados:
Chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, Chefe de gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Sub-chefe de administração da casa civil do Governo do Estado, Secretário de Estado da Justiça, Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Secretário de Estado da Agricultura (respondendo), Presidente da Comissão Organizadora da Criação da CAERN (RN), Chefe da Procuradoria Judicial da Procuradoria Geral do Estado, Presidente da Fundação José Augusto, Representante do Governo do Estado nas Assembleias Gerais da CASOL,COFERN E BANDERN,.
ATIVIDADE EM ÓRGÃOS DE DIREITO PRIVADO E CULTURAIS:
Presidente da Fundação Cultural ”Padre João Maria, Diretor do Jornal A VERDADE, Idealizador da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte e seu atual Presidente, Integrante da União Brasileira de Escritores (UBE-RN), Membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Membro do Instituto Norte-Riograndense de Genealogia, Auditor e depois Juiz do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol, Fundador da Federação das Instituições de Cultura do Rio Grande do Norte e seu Vice-Presidente.
OBRAS PUBLICADAS:
O sinal humano; Páginas de verão; O trabalho e a sua grandeza; Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte; Rio Grande do Norte = oradores (1889-2000); Rio Grande do Norte - OS NOTÁVEIS DOS 500 ANOS; Estado Universitário; Antologia do padre monte (10 volumes), na condição de organizador.
LIVROS EM PREPARO:
Praias da Grande Natal; Os Natalenses; Instituição Cultural do RN; A Idade Média; Oração Acadêmica.
PLAQUETES PUBLICADAS:
Apologia à Cultura e Evocação das letras clássicas; Quem protegeria a sociedade; Discurso do Presidentes Café Filho em Portugal, (parceria com Ivo rim Batista Costa); Biografia de Joaquim Torres; Democracia; Resgate da Memória Jurídica do RN, em parceria com Carlos de Miranda Gomes; Centenário de João Medeiros Filho - parceria com Odúlio Botelho; Centenário do Padre Monte.
ATIVIDADE DE ORDEM POLITICA:
Pertence ao partido Democrático Cristão-PDC, sendo primeiro secretário da diretoria, candidato a Deputado Estadual em 1962, conseguindo sua primeira suplência, pleito havido para a legislatura 1963-1967. Em 1970, fez parte do Diretório da ARENA, partido majoritário da época .
Em várias eleições do Estado tem sido Advogado e Coordenador, no dia dos pleitos, representando partidos.
Convidado várias vezes para escrutinador na apuração e como mesário na recepção de votos, por Juízes Eleitorais.
MEDALHAS:
Medalha da UFRN , no grau de Oficial; Tribunal Regional do Trabalho da 21º Região, Medalha do Mérito ”Ministro Seabra Fagundes”.
RELIGIÃO:
Católico Apostólico Romano praticante, ,tendo por ela uma grande responsabilidade, de consciência, já que nascera numa Sexta-Feira da Paixão de 1929.
PARABÉNS A ESSE GRANDE HOMEM.

segunda-feira, 28 de março de 2011


COMUNIDADE ACADÊMICA FAZ JUSTIÇA

Elogiável a iniciativa da Comunidade Acadêmica Potiguar, coordenada pelos Professores Vladimir da Rocha França, André Elali e Artur Bonifácio Cortez, em promover o lançamento conjunto das obras "Novas Tendências do Direito Constitucional", em homenagem ao Professor PAULO LOPO SARAIVA e "A Concretizaçãço do Princípio da Igualdade em matéria tributária por meio de sentenças aditivas" de autoria de José Evandro Zaranza Filho.
O evento, diferentemente do costume, é realizado com o nosso maior Mestre do Direito em plena atividade e não apenas quando as pessoas deixam a vida ativa e tem o apoio da Livraria Siciliano e das Editoras Juruá e MP.

Data e horário: 29 de março, às 19 horas
Local: Livraria Siciliano - Midway Mall - Natal - RN

domingo, 27 de março de 2011


HÁ 100 ANOS

No dia 27 de março de 1911 nascia em Natal uma guerreira – MARIA LIGIA, cujo destino foi construir um lar e uma família.
Sua história é cheia de sacrifícios, dedicação e amor, conforme testemunham os seus descendentes e agregados.

Palavras de MOACYR

Mãe:
O tempo passou tão depressa, mesmo decorridos quase trinta anos de sua ida para o universo celeste, a saudade ainda persiste, aceita com resignação e com esperança de um reencontro, para receber seu abraço, com a ternura com que sempre nos acalentou.
Sei que Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, já lhe permitiu viver em harmonia com todos aqueles que fizeram parte de sua vida como meu inesquecível pai, meu irmão Fernando, meus avós, tios, enfim, todos aqueles que foram para a morada final.
Serei eternamente grato, aos fundamentos de minha formação, a qual muito deve ao seu amor, dedicação, renúncias, coragem e estoicismo silencioso com que soube enfrentar os momentos mais difíceis de nossa trajetória de vida.
Como infelizmente não sou dotado do privilégio conferido aos poetas, peço licença para lhe prestar minha modesta, mas sentida homenagem, oferecendo o poema que segue:
Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

MENSAGEM DE MINHA QUERIDA ESPOSA IRIS POR OCASIÃO DO CENTENÁRIO DE MINHA MÃE

Para D. Ligia:
O que dizer de minha sogra, que, se fosse viva, estaria completando 100 anos neste 27 de março do ano de 2011.
Diria que ela foi minha segunda mãe, substituindo a inesquecível tia Myriam Coeli, que tão bem me criou, já que a mãe natural não pude ter. Diria que a primeira vez que a vi senti a emoção da descoberta daquele amor verdadeiro que Deus mostra sem palavras, e daí em diante vivenciei as benesses do carinho e bem querer que D. Ligia sempre me doou e que nos uniu até o dia que se foi para o outro mundo.
Diria ainda, que até hoje sinto muito sua falta, restando apenas o consolo de saber que ela é mais uma santa no céu a olhar por nós.
Com todo amor de sua filha Iris, até que nos encontremos um dia.


* * *
Tendo em vista a perda do querido irmão FERNANDO DE MIRANDA GOMES, na linha hereditária, cujos depoimentos dos seus descendentes e viúva não conseguimos receber em tempo desta homenagem, convocamos a irmã LÊDA MARIA, que escreveu suas lembranças sobre mamãe:

Maria Ligia de Miranda Gomes, minha mãe, uma grande mulher.
Sempre lamentei a impossibilidade de ter convivido com ela por maior tempo, haja vista que os meus estudos não permitiram que eu a acompanhasse nos períodos em que a família morou no interior, mas apenas nos períodos de férias. Mesmo assim, a lembrança de mamãe me marcou profundamente, pela sua dedicação e permanente vigilância para que houvesse, sempre, total harmonia entre os irmãos, separados pelas contingências do destino.

Lembro, ainda, de uma passagem da vida desta criatura que nos honrou pelo seu respeito ao próximo: Quando eu era criança sempre fui muito mimada junto aos meus irmãos por ser a mais velha entre as mulheres. Em 1935, quando tinha apenas 4 anos, adoeci precisando que alguém fosse apanhar remédio na casa da avó Aline, Moacir foi incumbido desta missão, porém, neste momento começou uma revolução na cidade – a intentona comunista - ficando mamãe aflita com a saída do filho e procurou ampará-lo dos perigos que ele poderia correr, com extrema coragem.

Éramos três os maiores, Moacir, Fernando e eu, sempre unidos por conta das lições recebidas de mamãe, com o estímulo e o apoio, permanentes de papai, no sentido de manter todos em casa com o maior zelo, sempre obedecendo aos seus ensinamentos. Foi um tempo feliz, porque tínhamos em nossos pais verdadeiros ídolos.
São lembranças que muito me emocionam e trazem imensas saudades!

Lêda Maria Gomes de Carvalho.

* * *
Mensagem de ELZA

MINHA MÃE,
Palavras são poucas diante da infinita bondade desta mulher tão pura, tão cheia de amor e dedicação.
Da infância trago recordações inesquecíveis, porém ao sentir a responsabilidade da vida, foi que me dei conta do quanto aprendi com a minha santa mãe.
Seu evangelho resumia-se no amor do qual eu fui agraciada, pois você Lígia, esteve presente em todas as etapas de minha vida, dando-me coragem e apontando soluções para enfrentar os caminhos tortuosos que atravessei.
Hoje 27/03/11 seria o centenário de tua vida, que tenho certeza será festejado no mais alto dos céus onde está preparado o seu trono de paz.
Só tenho a bendizer essa mãe extremosa e boa que me deu tanta segurança e ensinou-me o verdadeiro valor de ser MÃE.

Te amo muito querida
Te guardo dentro da alma
E quando a saudade me dói
Tua lembrança me acalma


Elza Carlina Gomes Leandro

* * *

Depoimento de CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES

Ainda adolescente, apaixonou-se por José Gomes da Costa, com ele se casando aos 14 anos, na Igreja de Sant´Anna, em Caicó, onde o seu amado exercia a Promotoria de Justiça.
O seu nome originário foi motivo de inúmeras retificações. Inicialmente Maria Lygia Maranhão de Miranda, filha de Jerônimo Xavier de Miranda e Aline Miranda de Albuquerque Maranhão. No seu registro de casamento, às fls. 137v. e 138 – livro “B-11”, nº de ordem 27, em 04 de setembro de 1926 - escrivão Elino Eloi de Medeiros e Oficial do Registro Público da Comarca de Caicó - Esperidião Eli de Medeiros, consta o seu nome como Lygia Maranhão de Miranda, nascida em 27 de março de 1911, que passou a se chamar Lygia de Miranda Gomes e a cerimônia civil ocorreu na casa dos seus pais – Av. Seridó, presentes o Professor Leonidas Monteiro de Araújo – 1º Juiz Distrital, em exercício, sendo testemunhas Celso Affonso Dantas e Eduardo Gurgel de Araújo. Compareceu, ainda, o seu pai, Coronel João Gomes da Costa e Julia Medeiros. Posteriormente foi promovida uma retificação judicial no referido registro em 28 de janeiro de 1943, por ordem do Juiz Vicente de Lemos Filho, em 24 de outubro de 1942, conforme processo do 3º Cartório Judiciário de Natal, sendo escrivão Bartolomeu Fagundes e cumprido pelo Juiz de Caicó – Dr. J.G. da Nóbrega, através da escrivã Áurea Medeiros, ajudante de Cartório, corrigindo-se o nome de mamãe para Maria Ligia de Miranda, que passou a se chamar Maria Ligia de Miranda Gomes.
Ainda em Caicó, nasceu o primogênito Moacyr Gomes da Costa, com a ajuda das mãos sagradas de Mãe Quininha e do Dr. Mariano Coelho, hoje arquiteto consagrado e autor do “poema de concreto armado – O Machadão”, que a insensatez dos despreparados do poder vai destruir brevemente.
A propósito do nascimento de Moacyr, Dona Ligia, com apenas 15 anos de idade, teve diagnosticada a gravidez de risco, porquanto o seu primogênito estava em posição que lhe trazia perigo de morte, quando então Mãe Quininha comentou com Dinarte Mariz o perigo que corria a mulher do Dr. Zé Gomes e Dinarte, incontinenti, mandou buscar em Currais Novos o Dr. Mariano Coelho, que fez o parto e tudo correu normalmente, daí a grande amizade do nosso pai com aquele político seridoense, que no início da formação de sua família proporcionou-lhe a salvação da esposa e do primeiro filho.
Mulher de muita fibra, superou dificuldades financeiras da família, suportou as ameaças durante o levante comunista de 1935, quando o seu esposo foi aprisionado pelos revoltosos, mas libertado graças à intervenção de João Galvão, ainda parente de mamãe e que no futuro veio a ser um advogado conhecido e amigo pessoal do Dr. José Gomes.
Perdeu dois filhos em tenra idade – Terezinha e João.
Ainda acalentou a família durante as dificuldades da 2ª Guerra Mundial, em que Natal sofria ameaças de invasão e era obrigada a suspender o fornecimento de energia durante a noite ou camuflá-la para não permitir ao inimigo a possibilidade de ser vista.
Acompanhou o seu marido na passagem por vários municípios, onde era Juiz, com mudanças periódicas e perda dos seus pertences, além do sofrimento de viver longe de parcela dos seus filhos que, já em idade escolar mais avançada, não podiam morar no interior, pelo que eram distribuídos pela casa dos parentes.
Diz-se que ao lado de um grande homem existe sempre uma extraordinária mulher. O adágio neste caso é absolutamente verdadeiro, pois Dona Ligia foi esse escudo, a incentivadora, a mãe de família exemplar, a esposa dedicada cujo amor foi tamanho, que apesar de bem mais jovem que o seu esposo, de boa têmpera, tendo aquele falecido aquele em 1982, logo no ano seguinte, também partiu e certamente o motivo de maior relevo foi a saudade.
Tive a graça de conviver com mamãe no melhor de sua existência. Minha amiga, minha fã, minha conselheira e, nos últimos dez anos de sua vida, por ironia do destino, tornei-me seu enfermeiro. As injeções de insulina eram as primeiras ações de cada dia, a medição da pressão, sempre alta, e a atenção permanente para evitar a hipo ou hiper glicemia. Era algo doloroso para mim, pois às vezes não aplicava bem a injeção e via em seu rosto, discretamente, a dor que lhe causava.
A minha sorte foi ter ganho uma esposa que, em muito, lembra a Senhora, no desvelo pela minha saúde, pela humildade e dedicação permanente à família.
Um beijo minha mãe – em algum tempo mais, nos reencontraremos.

A nora THEREZINHA ROSSO, também fez questão de dar o seu depoimento sobre D.Lígia e o fez com extrema emoção, dizendo:

Dona Ligia, a minha “querida sogra” foi uma pessoa muito especial na minha vida e da família que construí com seu filho Carlos.
Mulher emotiva. As lágrimas saíam dos seus pequenos olhos com extrema facilidade – era bastante alguém dizer: está chorando?
Era uma pessoa educada, determinada, amiga e de um grande coração. Formava um belo par com o seu querido “Zé Gomes” e se amaram até a partida, como amor de adolescentes.
Com pouco mais de um ano da partida do seu amado, foi ao seu encontro.
Nossa amizade era de mãe e filha, éramos companheiras nas compras do comércio, onde sempre pedia minha opinião e nas belas tardes no cinema.
Quando ela foi para o céu, tenho certeza que essa é sua morada, deixou muita falta e saudade. Antes da missa de 7° dia tive um sonho com ela – parecia que estava ao meu lado e passou-me uma bela mensagem: “Parti, eu não queria ter partido, sinto muita saudade. Eu lhe queria como uma filha”. Respondi – eu lhe queria como uma mãe. Acordei entre lágrimas e saudades.

Therezinha, em 27/3/2011


* * *
Outro testemunho, de sua filha MARIA DO SOCORRO (Socorrinho):

Querida mamãe
Falar de minha mãe é uma tarefa fácil porque ela foi uma mulher do lar, amiga, companheira dos filhos e do meu saudoso pai, enquadrada nos moldes clássicos de viver.
Dedicada ao lar e aos seus filhos e netos.
Tenho todos os motivos do mundo para dizer quem foi minha mãe, de formação íntegra, dedicada a mim e aos meus filhos, companheira com todos os filhos, para criar e incentivar nos estudos, dando uma educação exemplar.
Para mim foi um sustentáculo, em todos os sentidos. Seus cuidados e preocupações permitiram que eu ultrapassasse incontáveis dificuldades.
Mulher pacata, paciente, boa administradora, cheia de bondade e generosidade. Quanta saudade do seu convívio e dos seus carinhos.
Eu me sinto privilegiada em ter recebido o calor do seu colo amigo. É inegável o sentimento de gratidão e respeito “in memoriam”, que sinto pela querida mãe.
Guardava e tinha em seu coração toda a experiência vivida: o amor, a compreensão, o sentimento de se doar à família. Uma mulher sem orgulho, sabendo educar seus filhos e filhas e fazer de todos eles Pessoas do Bem.
Mãe querida, Deus te levou tão cedo, porém deixou bons exemplos.
Deus te abençoe, e onde estiveres, reze por nós, que nós também estaremos rezando pela Senhora. Sei que te encontras num lugar muito especial onde mereces – no céu.
Mamãe, todos nós te amamos.
Beijos de tua filha Socorro.


* * *
O caçula da família é JOSÉ GOMES FILHO, aquele com quem mais tempo conviveu até os seus momentos finais da vida. Dele temos o seguinte registro, do que ele chama - dos acontecimentos marcantes:

1 - Por ser o caçula, o mimo que ela tinha comigo, é como se fosse uma protetora de um filho que nunca deveria crescer. Por conta disso, para cortar o cordão umbilical, demorou um pouco. 2 - Quando eu ia jogar futebol no sítio do meu avô, no meio da partida, aparecia ela no campo levando a famosa papa (constituída de leite, maizena e açúcar) e dizia: Zezinho venha comer sua papinha, eu ficava furioso, mas mesmo assim engolia a comida para satisfazê-la. A turma da pelada enchia meu saco com isso. 3 - Certo dia, ela mandou a empregada fazer uma faxina no quartinho onde nós estudávamos, e assim foi feito. Quando cheguei no tal quartinho, dei conta de que a preciosa coleção de folhinhas (calendário) da Pirelli tinha ido para o lixo e o caminhão da Prefeitura já tinha levado. Fiquei possesso, a ponto de ofender meus país e fazer minha mãe chorar; depois senti remorso, e foi muito grande. 4 - No dia da minha formatura do ginasial, no Colégio Marista, a alegria e a emoção nos dominou, e não poderia ser diferente. Ela vivenciou todos os momentos da minha juventude. Fico imaginando o filho que não tem mãe ou pai, deve sentir uma dor permanente no coração. 5 - O dia da punição que sofri quando servi ao Exército brasileiro, por três dias fiquei detido nas dependências do Batalhão de Operações do Exército no bairro das Rocas, por negligencia no serviço de plantão na 24ª CR. Quando ela soube chorou muito, sendo preciso que papai apelasse, pedindo ao Cel. Rolindino Maciel, na época, comandante dessa unidade, a aplicação de uma pena mais branda, o que de pronto foi aceito pelo seu amigo. 6 - Quantas vezes eu chegava junto dela e pedia - mamãe consiga um dinheiro com papai pra mim, e ela metia a mão no bolso do velho, tirava o dinheiro e dizia que era pra ela. Esse argumento facilitava, porque nosso pai tinha Dona Lígia como uma verdadeira rainha e o pedido dela era lei. Nunca presenciei um desentendimento entre ambos, eram os eternos namorados. Existia apenas uma enciumada natural de nossa mãe, quando papai brincava com ela e dizia: “essa cantora Clara Nunes, além de bonita tem uma bela voz”; mamãe reagia na hora, dava um beliscão e dizia: “Zé Gomes você está velho, não dá mais pra nada”. Papai só fazia rir e, quem estava por perto também entrava na risada. 7 - Os lanches de todas as tardes marcaram época. Eram convidadas nossas tias, as irmãs de mamãe para o famoso lanche. Com o passar do tempo, esse encontro criou fama, extrapolando os limites da rua Meira e Sá, e atraindo outras pessoas amigas para degustar as delícias da farta mesa. 8 - O inicio do seu fim ocorreu quando da morte de papai, ela foi definhando, perdeu o ânimo de viver, e os problemas de saúde foram se agravando. Nessa última etapa da sua vida, a companheira inseparável foi nossa tia Tiinha (Lourdinha). Somos todos gratos pelo desvelo dessa tia, por ter se dedicado de corpo e alma pela nossa mãe na fase mais difícil de sua vida. Gesto bonito.
É esse o meu depoimento sobre essa figura humana, que obviamente me marcou pelo resto da vida. Beijos mãe, perdoe-me pelos erros e pelas ingratidões.

Do seu filho Zezinho.