sábado, 19 de novembro de 2011

Caros Leirores,


Respeitosamente e com prazer informo que a EDUFRN, Editora da UFRN, já está com o livro concluído: Notícias Genealógicas do Rio Grande do Norte,
por João Felipe da Trindade. É um livro com 393 páginas, contendo 119 artigos publicados no " O Jornal de Hoje", da Cidade do Natal. Alguns desses artigos contém registros de batismo desde 1688. Seu lançamento inicial será no III Encontro de Genealogia Norteriograndense, na data de 26/11/2011, em Caicó, Rn. Abaixo, capa do livro. Você pode ver melhor essa capa no anexo, em pdf.

FENÔMENO QUE MERECE REFLEXÃO
VALE A PENA ASSISTIR

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


CRONISTA DE NATAL (*)
Por Franklin Jorge

A publicação desta obra celebra parceria entre o NOVO JORNAL e o LUDOVICUS – Instituto Câmara Cascudo, dirigidos ambos, respectivamente, pelo jornalista Cassiano Arruda Câmara e Anna Maria Cascudo Barreto; parceria em tudo nova e instigante, que pretende perpetuar-se através de outras futuras ações em conjunto, especialmente voltadas à democratização de idéias consagradoras do labor e do conhecimento.
Reúne, através da seleção de textos originalmente publicados em “A República”, há setenta anos, um pouco do inesgotável Cascudo enquanto cronista da vida cotidiana, memorialista e anotador dos faustos da História, especialmente da História provinciana e natalense a que não falta um certo toque de humor invulgar e aristocrático, que em mãos hábeis redundaria numa sucessão de cromos anedóticos. Cascudo, no entanto, engrandece qualquer assunto com o seu estilo inigualável, sua cultura e erudição proverbiais.
Nesse gênero, jornalístico por excelência, Luís da Câmara Cascudo reafirma sua condição indiscutível de mestre e de artista da palavra, ao discorrer num estilo delicioso e único sobre episódios e personagens.
Compõem, esses textos por assim dizer hipnóticos e carismáticos, o universo mental e afetivo de um escritor que por muitos anos produziu um legado intelectual que teria exigido o concurso, não apenas de um homem, mas de um conjunto de homens de cultura e talento que se devotassem incansavelmente a uma tarefa, sob muitos aspectos, sobre-humana, como da obra de Shakespeare disse Coleridge em seu inigualável estudo sobre o Bardo inglês.
Precursor do chamado Jornalismo Literário ou Cultural, como preferem alguns, ainda muito jovem recebeu Cascudo como um presente de seu pai, o Coronel Francisco Cascudo, um jornal – A Imprensa – para praticar a sua arte de escritor e fixar uma época e todas as suas conotações de natureza cultural, humana e política, que procuramos representar aqui através de uma galeria inesquecível que põe novamente em evidência a exuberância de seu universo intelectual, além de consagrar a argúcia com que olhou e se deteve sobre o cotidiano de uma cidade que não passaria então de uma vila preguiçosa e dorminhoquenta.
Enriquece Luís da Câmara Cascudo nossas vidas com a magia e o mistério de outras vidas, sem recair jamais na retórica banal ou no servilismo convencional e corriqueiro, característicos dos agrupamentos enquistados, ao dar relevo a peculiaridades psicológicas, temperamentais e espirituais de todos aqueles que despertaram a sua atenção e que em um lapso de tempo marcaram a vida de Natal, compondo o tecido social e cultural de que se fizeram representantes ou representativos de uma sociedade e de uma época em franca transição para a modernidade.
Assim, convivem em seu texto do empreendedor ao homem do povo anônimo e tenaz, o intelectual e o político, o artista e o visionário, o industrial e o filantropo, o inovador e o serviçal do hábito que por seus atos ou pela memória de seus atos se fizeram imprimir em seu imaginário afetivo.
Eis o livro que havia muito se fazia esperar.
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FONTE: *postado por O Santo Ofício - novembro 17, 2011








quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PETIT DAS VIRGENS
C O N V I D A

Tudo pronto para a festa Amigos do Tirol neste sábado 19 a partir das 15 horas na AABB. Estão convidados natalenses de todos os bairros. Junte sua turma das antigas e venha celebrar as velhas e novas amizades. Este ano Diogo Das Virgens e banda D'Vibe abrem a festa com um tributo ao Impacto Cinco executando os grandes sucessos das domingueiras do antigo ABC. Em seguinda a orquestra de frevo dos mestres Passinho/Nino revive os grandes carnavais do América e Aero. A camisa - 20 reais - está a venda na secretaria da AABB. A festa não tem fins lucrativos. Divulgue, copie e cole no seu status. Mande pra sua lista.



ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS - ACLA, DESDE ONTEM, TEM NOVOS ACADÊMICOS

EM SOLENIDADE ESPECIAL REALIZADA NO CENTRO ESPORTIVO CULTURAL DE CEARÁ-MIRIM, NO DIA 16 DE NOVEMBRO A ACLA EMPOSSOU OS NOVOS ACADÊMICOS, SOB O COMANDO DO COMPETENTE ESCRITOR PEDRO SIMÕES NETO 

Aécio Augusto Emerenciano
Roberto Brandão Furtado
Leda Marinho Varela da Costa
Helicarla Morais, e
Múcio Vicente .

Na ocasião, a ACLA fez a entrega de títulos de Sócios Beneméritos e diploma aos familiares dos Patronos.


SÓCIOS BENEMÉRITOS
Isaura Amélia Rosado Maia
Enélio Lima Petrovich
Jurandyr Navarro Costa
Roberto Lima de Souza
Valério Alfredo Mesquita
Armando Holanda
Olimpio Maciel
Iaperi Araújo
Vicente Serejo

PATRONOS
Roberto Pereira Varella
Ruy Antunes Pereira
Etevaldo Santiago

MESA DE HONRA DA SOLENIDADE DE POSSE DE AÉCIO AUGUSTO EMERENCIANO, ROBERTO BRANDÃO FURTADO, LEDA MARINHO VARELA DA COSTA, HELICARLA MORAIS E MÚCIO VICENTE. HOMENAGENS AOS SÓCIOS BENEMÉRITOS E PATRONOS DA ACLA,
O CERIMONIAL DA SOLENIDADE TEVE A ELEGÂNCIA E COMPETÊNCIA DO CERIMONIALISTA - PROF° GERINALDO MOURA .
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FONTE. Blog de LÚCIA HELENA


quarta-feira, 16 de novembro de 2011


A ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS, desde às 16 horas de hoje, tem NOVA DIRETORIA

Com uma votação marcante - dos 28 eleitores, compareceram e votaram 22 Acadêmicos para os cargos da NOVA DIRETORIA DA INSTITUIÇÃO, que ficou assim composta:
Presidente: CÍCERO MARTINS DE MACEDO FILHO; Vice-Presidente: OLÍMPIO MACIEL; Secretário: FRANCISCO ANDERSON TAVARES DA SILVA; e Tesoureiro: ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE.

Na mesma eleição, foram reconduzidos para o Conselho Fiscal os acadêmicos:

CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros Titulares: MARIA DE LOURDES ALVES LEITE, ODILÉIA MÉRCIA GOMES DA COSTA, SHEYLA RAMALHO BATISTA; Um (01) Membro Suplente: RUI SANTOS DA SILVA.



Com o término da votação e apuração a Comissão Eleitoral composta pelos Acadêmicos Carlos Roberto de Miranda Gomes, Presidente e Membros Wellington de Campos Leiros e Júscio Marcelino de Oliveira proclamou os eleitos para o próximo biênio 2012 e 2013. Em seguida, em solenidade simples, os eleitos foram declarados empossados e, na ocasião, o então Presidente JANSEN LEIROS transmitiu o cargo ao novo Presidente.
Aguarda-se o agendamento de uma reunião festiva, na qual o novo dirigente da academia apresentará os seus planos para o ano de 2012.
Parabéns a todos. 
ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS - AML

ELEIÇÃO PARA A DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - COMUNICAÇÃO DA ÚNICA CHAPA INSCRITA
H O J E
A COMISSÃO ELEITORAL designada pela Portaria n° 03/2011-AML de 09 de outubro do ano em curso, do Presidente da Instituição, COMUNICA aos interessados, para os fins de direito, que foi deferida uma única chapa para os cargos da ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS - AML, inscrição no CNPJ sob o n° 13.969.868/0001-46 – NATAL-RN, cujo pleito ocorrerá hoje 16 de novembro, em sua sede provisória sita à Rua Mipibu, 443, Petrópolis, nesta Capital, onde é a sede permanente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras – ANRL e com urna, também, no Solar Caxangá, em Macaíba-RN, no horário das 9 às 14 horas, para o preenchimento dos diversos cargos da Diretoria e Conselho Fiscal, conforme os seguintes candidatos registrados e respectivos cargos para o biênio 2012-2013: DIRETORIA: Presidente: CÍCERO MARTINS DE MACEDO FILHO; Vice-Presidente: OLÍMPIO MACIEL; Secretário: FRANCISCO ANDERSON TAVARES DA SILVA; e Tesoureiro: ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE. CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros Titulares: MARIA DE LOURDES ALVES LEITE, ODILÉIA MÉRCIA DA COSTA, SHEYLA RAMALHO BATISTA; Um (01) Membro Suplente: RUI SANTOS DA SILVA.

COMPAREÇA. É IMPORTANTE PARA O FUTURO DA NOSSA ACADEMIA.

A Comissão Eleitoral: CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Presidente; WELLINGTON DE CAMPOS LEIROS e JÚSCIO MARCELINO DE OLIVEIRA, Membros.

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN – UBE/RN

Comunicado de reunião nº 07/2011

Através do presente Comunicado ficam todos os membros da Diretoria da UBE/RN convocados à reunião ordinária:

Data: 17.11.11 quinta-feira)
Local: Academia Norte-rio-grandense de Letras/Conselho Estadual de Cultura
Rua Mipibu, 443 – Cidade Alta
Hora: 16h

Ordem do Dia:

1. aprovação de novos sócios;
2. Avaliação das atividades desenvolvidas em 2011
3. Perspectivas gerais para 2012

Natal/RN, 12 de novembro 2011

EDUARDO GOSSON
Presidente

A SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

História do Brasil República

República Velha, República da Espada, presidência civil, Política dos governadores,
café-com-leite, divisões, Aliança Liberal, coronelismo, Revolução de 30.


Marechal Deodoro da Fonseca: primeiro presidente do Brasil

Introdução

O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.

A República da Espada (1889 a 1894)
Proclamação da República (Praça da Aclimação, atual Praça da República, Rio de Janeiro, 15/11/1889)
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)
 
Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.

Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.

Política do Café-com-Leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

Política dos Governadores

Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismo

A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de Taubaté

Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
   
 Galeria dos Presidentes da República Velha:
Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).

Você sabia?

- O período da História do Brasil conhecido como Nova República teve início em 1985, com o fim da Ditadura Militar e início do processo de redemocratização. Este período da História do Brasil dura até os dias atuais.
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- A palavra República tem origem no latim res publica, cujo significado é "coisa pública".
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FONTE:

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

NO PRÓXIMO DIA 27-11 CEICINHA CÂMARA CHEGARÁ AO BRASIL. E O VALE VERDE SE ENGALANA PARA RECEBER SUA POETISA!
ESCRITORES EM GERAL: POETAS, TROVADORES, CORDELISTAS, CONTISTAS... ARTISTAS, JORNALISTAS E AMIGOS, ESTARÃO NO VALE VERDE, PARA A CONFRATERNIZAÇÃO DO BRASIL E PORTUGAL, ATRAVÉS DESSA MENINA TÃO QUERIDA, O PÁSSARO QUE SAIRÁ DE OUTRAS ÁRVORES, PARA O SEU NINHO NO VERDE DO CANAVIAL.


CEICINHA CÂMARA

CEICINHA CÂMARA CONVIDA A TODOS PARA MAIS UMA CONFRATERNIZAÇÃO, ATRAVÉS DO SARAU DO REENCONTRO LUSÓFONO, COM O MELHOR BANQUETE ARTÍSTICO-LITERÁRIO E CULTURAL.
DATA: 16-12-2011
HORA: 16 H
LOCAL: CENTRO ESPORTIVO CULTURAL DE CEARÁ-MIRIM
APOIO: ACLA, SPVA, CEC, DEL MUNDO
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Fonte: Lúcia Helena

NA PRÓXIMA QUARTA, 16-11, A ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES DARÁ POSSE A CINCO ACADÊMICOS, NO CENTRO ESPORTIVO CULTURAL DE CEARÁ-MIRIM.



PEDRO SIMÕES NETO - PRESIDENTE DA ACLA

CONVITE
O presidente da ACLA - Academia Cearamirinense de Letras e Artes - Pedro Simões Neto, tem a satisfação de convidar V.Sa. e família, para a solenidade de posse de mais cinco membro, dia 16-11-2011, no Centro Esportivo Cultural de Ceará-Mirim:
Aécio Augusto Emerenciano, Roberto Brandão Furtado, Leda Marinho Varela da Costa, Helicarla Morais e Múcio Vicente .
Na ocasião, a ACLA fará entrega de títulos de Sócios Beneméritos e diploma aos familiares dos Patronos.

SÓCIOS BENEMÉRITOS
Isaura Amélia Rosado Maia
Enélio Lima Petrovich
Jurandyr Navarro Costa
Roberto Lima de Souza
Valério Alfredo Mesquita
Armando Holanda
Olimpio Maciel
Iaperi Araújo
Vicente Serejo

PATRONOS
Roberto Pereira Varella
Ruy Antunes Pereira
Etevaldo Santiago

Atenciosamente,

Pedro Simões Neto
Presidente da ACLA

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S E R V I Ç O
Data: 16-11-2011
Hora: 19 horas
Local: Centro Esportivo Cultural de Ceará-Mirim
Coquetel assinado por Nara Buffet (84 - 8838 9432)
PARA COMEÇAR BEM A SEMANA
Colaboração de Lúcia Helena

domingo, 13 de novembro de 2011

INICIAÇÃO NO MUNDO DA CULTURA

Meu ingresso no mundo maravilhoso da cultura se deu nos idos de 1947, quando comecei a comprar revistas em quadrinho, dentre as quais eram editadas pela Editora Brasil-América, resumos de livros famosos, através da Revista “Edições Maravilhosas” e uma outra onde as histórias aconteciam com fotos dos protagonistas de filmes.Em seguida comecei a curtir música, com discos de 78 rotações comprados nas “Casas Lamas”, no bairro da Ribeira e depois na “Casa da Música”, de Gumercindo Saraiva.
Então resolvi iniciar a leitura de algum livro, sem gravuras e lembro que o primeiro foi “Anos de Ternura”, de A.J.Cronin, de quem, posteriormente adquiri o resto da coleção: “Anos de Tormentas, Três Amores, O castelo do homem sem alma, Algemas partidas, A cidadela, A árvore de Judas, Pelos caminhos da minha vida” e outros que não lembro no momento. Daí em diante não parei mais e fui construindo uma biblioteca que hoje deve ter alcançado os 6 mil volumes, incluindo um acervo substancial com os autores potiguares e livros técnicos.
Concorreu muito para esse mister, os poemas declamados por minha saudosa mãe e pelas minhas irmãs Leda e Elza. De preferência, Olavo Bilac e Olegário Mariano. Este, ainda ressoam nos meus ouvidos – “A samaritana”, "Os três cegos", "A filha do bandido" e outras cujos nomes não fixei precisamente.

Em homenagem a esse tempo, reproduzo aqui alguma coisa que consegui colher na internet.
 Dados biográficos:
Olegário Mariano era filho de José Mariano Carneiro da Cunha e de sua esposa, Olegária da Costa Gama, ambos heróis pernambucanos da Abolição e da República.
Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro. Em 1918, ele se tornou representante do Brasil na Missão Melo Franco, como secretário de embaixada na Bolívia. Foi deputado à Assembleia Constituinte de 1934. Em 1937, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, depois foi ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira de Letras na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal entre 1953 e 1954. Exerceu o cargo de oficial do 4.° Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de notas.
Em 1938, em concurso promovido pela revista Fon-Fon, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, em substituição a Alberto de Oliveira, detentor do título depois da morte de Olavo Bilac, o primeiro a obtê-lo. Nas revistas Careta e Para Todos, escrevia sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos. Ficou conhecido como "o poeta das cigarras", por causa de um de seus temas prediletos.
(fonte Wikipédia)
A FILHA DO BANDIDO

Vai em busca do pai esta criança
Pálida e triste, anêmica e franzina
Que lembra, tão despida de esperança,
A rosa emurchecida da campina


Vai só, a estrada é solitária e escura
Há um atalho onde o terror habita,
]De repente ela pára, treme e grita,
Que mãos estranhas o pulso lhe segura.


A bolsa ou a vida, alguém lhe brada
Erguendo o punhal assassino,
Ela, tremendo de susta, quase morta, espavorida


responde, reconhecendo a fala
A bolsa, sou pobre, não a tenho
Mas a vida, tu me deste, meu pai, podes tirá-la


 Boêmia Triste

Eramos três em torno à mesa. Três que a vida,
Na sua trama de ilusões urdida,
Juntou ao mesmo afeto e na mesma viuvez...
Um músico , um pintor, e um poeta. Éramos três...

O primeiro falou: - Veio da melodia
De um noturno, a mulher que me fez triste assim.
Amei-a como se ama a fantasia
E ela sendo mulher fugiu de mim...
Hoje tenho a alma como um piano vivo
Que mão nenhuma acordará talvez...
É por esse motivo que eu sou mais desgraçado que vocês...


Disse o segundo: - Meu amigos, a sorte golpeou-nos, com a mais vil ingratidão
À mim levou-me à morte, o que eu tinha de melhor
A ilusão de que a vida era ilusão.
A força, a graça, o espírito, a beleza
A estátua humana olímpica e pagã
Espelho, natural da natureza
Nota da flauta mágica de Pan


Morreu com ela a vida, a luz, a cor
Manhã de sol e tarde de ametista
A paleta e a esperança de um pintor...
Todo o delírio de um impressionista.
Fez-se um grande silêncio em torno à mesa,
Silêncio de saudade e tristeza...


O terceiro baixou os olhos devagar
Disse um nome baixinho e não pode falar...



O Enamorado da Vida

Eu sou um enamorado da Vida!
Para sentir melhor o céu na minha casa,
Plantei a minha casa entre o mar e a montanha.
Se as ondas vêm rugir a meus pés, a horas mortas,
A lua desce a mim numa carícia estranha.
Bebo as estrelas de mais perto... Abraço
Todo o corpo do céu num simples movimento.
E, quando chove, sinto a torrente das chuvas
Trazendo da montanha, em seu penacho de águas,
Frondes, ninhos, calhaus e pássaros ao vento.
Eu sou um enamorado da Vida!
Amo-a por tudo quanto ela me pode dar:
A água fresca da fonte, a carícia da sombra,
E até a calma silenciosa e mansa
Desse crepúsculo que baixa devagar.
Em cada mão de folha a minha boca bebe
O orvalho da manhã como um suave licor.
E abro os pulmões, sorvendo em tudo o que me envolve
Essa onda de volúpia e de êxtase e perfume
Que vem do amor e que me leva para o amor
Eu sou um enamorado da Vida!
Tenho ímpetos de voar, de galgar, de vencer
Colinas, penetrar o coração dos vales,
Relinchando feliz como um potro selvagem
Que solta as crinas no ar para melhor correr;
Ou retesar as asas brancas de gaivota
E atirar-me na fúria incrível das procelas;
Beber em haustos toda a glória do mar alto,
Rolar no bojo dos batéis desarvorados
Ou as asas enxugar no alvo lenço das velas
Vida! Quero viver todas as tuas horas,
As que prendi na mão e as que nunca alcancei.
Ser um pouco de ti no espelho das paisagens
Para, quando morrer, levar dentro dos olhos

A beleza imortal de tudo quanto amei.



Paisagem de Santo Amaro, década de 1920

Anita Malfatti ( Brasil, 1889-1964)
Óleo sobre madeira, 31 x 42 cm
Coleção Particular

NAS RUÍNAS DA CASA-GRANDE

A casa-grande é um espelho do passado :
Corroeu-lhe o tempo a pedra do batente
E do que foi solar da minha gente
Resta apenas um escudo brasonado.
Mas, através do paredão gretado,
Ouvem-se ainda na aflição do poente,
Ressonância de vozes e o frequente
Bater das velhas portas do sobrado.
Em cada telha há um gesto de abandono.
A voz que vem de longe das herdades
É a mesma voz que me embalava o sono.
E agora, em plena noite que se expande,
Piam as andorinhas . . . São Saudades
Que dormem no beiral da casa-grande.

(Poço da Panela – Recife, 1940).


Palavras a um desgraçado

Não procures no céo nenhum conforto
A’ tua dor, que o céo, indiferente,
Ante a miséria do teu corpo morto,
vendo-te triste, ficará contente.

Não procures nas arvores de um horto
Alguma, cuja sombra te acalente.
Deixa que passe o tempo... O desconforto
Irá com o tempo milagrosamente...

Mas se a dôr te pungir com mais crueldade,
Esmaga o coração com a mão crispada
Que emfim terás, num derradeiro alento,

Coragem de morrer sem ter saudade...
Fôrça para a renuncia desejada
ou redenção para o arrependimento.


MELANCHOLIA

Que dia insipido e enfadonho!
Maldito seja este domingo!
Lá fóra cae a chuva, pingo a pingo...
Cá dentro passa a vida, sonho a sonho...

Fumo e fumaça, no ar parado,
Sóbe ondeando... Eu bem sei.
É um contôrno impreciso, ennevoado,
Humanizando um sonho que eu sonhei...

Fecho os olhos de manso para vel-a
Com os olhos da memoria... A alva fumaça
Se adelgaça num gésto e passa pela
Vidraça

E ganha o parque e vae, diáfana e fina,
Caricia humana, sonho ephemero de amor...
Tem qualquer cousa de menina,
De menina, de passaro ou de flor...

Galga as frondes á chuva, desce ao rio
A´ tona da agua crêspa...
E´um minúsculo insecto luzidio,
Aurilavrada vêspa.

Vôa e revôa aos lyrios, louca,
Passando, em tímido meneio,
Pollen de lyrios para a flôr da boca,
Alvôr de lyrios para o alvôr do seio.

Depois, tonta de vida, ebriada volta
Garatujando ao longe outro roteiro...
Tem cuidado com o vento, fôlha solta,
Fôlha do jasmineiro!

E cresce á proporção que se approxima,
Rompe a distancia á tôa...
E´ uma rima que vôa
De uma Ballada, passaro da rima.

Atravéssa a vidraça...
E agora, erguendo as mãos implorantes por mim,
Ella, que foi sonho e fumaça,
Vae ser cinza e saudade... A vida é assim...
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Obs. mantivemos a ortografia original.