segunda-feira, 13 de agosto de 2012


DOMINGO, 12 DE AGOSTO DE 2012


XI - EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO - EDUARDO GOSSON.

XI - EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO

Por Eduardo Gosson (*)
 
EDUARDO ANTONIO GOSSON


Hoje, segundo Domingo de agosto, comemora-se o Dia dos Pais. Veio a lembrança dos entes queridos que partiram na Nau da Eternidade: pai, mãe e filho. Para meu pai escrevi: “meu pai morreu numa terça-feira de Carnaval/para não ver a quarta-feira de Cinzas”. Mãe: “de olhos florestais/e cabelos cor de mel/amava-nos”. Filho: “quero dormir eternamente/junto de ti/porque agora dormes com Deus”. O triângulo mais importante em nossas vidas: patrimônio imaterial dos afetos.

Perder um filho foi a maior dor que senti na vida... tenho dia que fico desesperado:com a ausência e com o silêncio. Agora, definitivos! Esta semana a saudade foi tão grande que me de vontade de gritar, ao olhar a mesa redonda aonde ele vinha quase todas as manhas visitar "os recantos paternos da minha alma!" e ficava com um livro na mão a dizer-me:

"_-- papai, de você só vem coisas boas!". Tinha o temor reverencial por mim.

. Naquele mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim;Eu não sabia que doía tanto!

(*) Poeta, o resto é disfarce.


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