quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

 Rio de Janeiro, Brasil

MAIS UM EQUÍVOCO DO JORNALISTA
Na sua coluna deste 27 de fevereiro,sob o título “Quem vai mandar na Arena das Dunas”, o jornalista da TN Everaldo Lopes, o decano dos radialistas esportivos, comete um eventual equívoco, quando afirma que o Estádio do Maracanã tinha o nome oficial de “Cândido Mendes de Morais”.
Talvez a confusão tenha decorrido do fato de que o Prefeito do Distrito Federal (Rio de Janeiro) da época tenha sido o General Ângelo Mendes de Morais - Cândito era outra pessoa, possivelmente um educador. A crítica de Carlos Lacerda era exatamente pelo fato de ser inimigo político do Prefeito, pelo valor estimado para a obra e localização. Mas foi concluído e inaugurado no dia 16 de junho de 1950 com uma partida entre as seleções do Rio e de São Paulo, vencida pelos paulistas por 3 a 1 e o primeiro gol foi de Didi, do Fluminense.
Na verdade, O Estádio do Maracanã, o afamado “Maraca” tem o nome oficial em homenagem ao Jornalista Mário Filho, inaugurado para a Copa do Mundo de 1950 e posteriormente local de competição dos Jogos Pan-Americanos em 2007, recebendo o futebol, as cerimônias de abertura e de encerramento.
Será também o palco da partida final da Copa do Mundo FIFA de 2014 e foi escolhido para sediar o futebol e as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados na cidade do Rio de Janeiro. 
Ao longo do tempo, no entanto, o estádio passou a assumir caráter de espaço multiuso, realizando outros eventos de natureza esportiva e  espetáculos musicais. Após diversas obras de modernização, a capacidade atual do estádio é de 78.838 espectadores.
Agora é a vez de avivar a memória de todos sobre Mário Rodrigues Filho, mais conhecido por Mário Filho, pernambucano do Recife, nascido em 3 de junho de 1908,  tendo migrado para o Rio de Janeiro ainda criança, em 1916 e irmão do imortal Nélson Rodrigues..
Iniciou a carreira jornalística ao lado do pai, Mário Rodrigues, então proprietário do jornal A Manhã, em 1926, como repórter esportivo, ramo ainda pouco explorado, dedicando a sua pena à cobertura das partidas dos times cariocas, no jornal Crítica, também de propriedade de seu pai, tornando-se pioneiro pela habilidade no modo como a imprensa mostrava os jogadores e descrevia as partidas, adotando uma abordagem mais direta e livre de rebuscamentos, inspirado no linguajar dos torcedores (informes retirados da Wikipédia).
Popularizou expressões, como "Fla-Flu", que se constituiu numa legenda do futebol.
Ainda saindo da adolescência, aos dezoito anos de idade casou-se com Célia, que conheceu na praia de Copacabana e que foi seu grande amor por toda a vida.
Encerrada a circulação do jornal  Crítica , Mário Filho fundou aquele que é considerado o primeiro jornal inteiramente dedicado ao esporte do Brasil, O Mundo Sportivo, de curta existência. No mesmo ano (1931) passa a a trabalhar no jornal O Globo, ao lado de Roberto Marinho, seu companheiro em partidas de sinuca. Leva para o jornal o mesmo estilo inaugurado em Crítica e ajuda a tornar o futebol -- então uma atividade da elite -- um esporte de massas. Em 1932, o Mundo Sportivo organiza o Concurso de Escolas de samba. (trechos retirados da Wikipédia).
Em 1936 compra de Roberto Marinho o Jornal dos Sports  passando a criar uma série de projetos esportivos, como os Jogos da Primavera em 1947, os Jogos Infantis em 1951, o Torneio de Pelada no Aterro do Flamengo e o Torneio Rio-São Paulo, que se transformou no atual Campeonato Brasileiro.
Deu atenção a outras modalidades esportivas, como as regatas e o turfe, que em determinada época empolgavam os desportistas brasileiros.
Desde os anos 40 lutava pela construção de um grande estádio de futebol, sendo combatido por Carlos Lacerda, apenas quanto ao local da construção, que pretendia em Jacarepaguá, para a realização da Copa do Mundo de 1950. Mário, no entanto, conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.
O seu trabalho sério e produtivo o levou a merecer o título de maior jornalista esportivo de todos os tempos, Mário faleceu no  Rio de Janeiro em 17 de setembro de 1966de um ataque cardíaco, aos 58 anos. Célia sucumbiu tragicamente poucos meses depois. Em sua homenagem, o Estádio Municipal do Maracanã ganhou o nome de Estádio Jornalista Mário Filho.
Mas no título deste artigo eu falei “Mais um equívoco”, isso porque o mesmo jornalista, no seu livro “Da Bola de Pito ao Apito Final”, ao tratar do assunto da aquisição do terreno onde hoje é a sede do América Futebol Clube, esqueceu do então Presidente José Gomes da Costa em cuja gestão o terreno foi adquirido ao Estado e com recursos pessoais dele presidente e mais três desportistas. Citou outros, mas esqueceu o velho Desembargador, meu pai. Também houve um lapso, este mais recente em um filme da TV Assembleia onde afirma que o meu irmão, Arquiteto Moacyr Gomes da Costa teria viajado à Alemanha para copiar o modelo de estádio para a construção do Castelão (Machadão). Observe-se, que o projeto de Moacyr foi elaborado com base na tarefa de final do seu curso, com o qual ganhou o título de arquiteto,  Ademais disso, Moacyr NUNCA SAIU DO BRASIL.
Ainda na mesma coluna, cuida de assunto que foi motivo de tantos artigos meus e de Moacyr, advertindo para os problemas da construção da Arena das Dunas com a demolição do Machadão, do comprometimento do patrimônio do Estado, da falta de segurança do negócio. O jornalista Everaldo sempre foi silente sobre o assunto, como também os clubes de futebol locais, com raras exceções de alguns dirigentes e também o Dr. José Vanildo, que agora está “explodindo” com grande atraso.

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