O DOMINGO É, INELUTAVELMENTE, PARA A POESIA!

POESIA DO AMANHECER
Ivam Pinheiro


Que bem-vinda sejas
aos fraternais afetos das amizades
e na beleza lúdica da poesia.

Que bem-vindo seja
o clarear da luta a cada novo sol
ousando trilhões de reais felicidades.

E de imediato se aprochegue
na significância dos bons ventos
e na grandiosidade da sua alegria.

E que urgente assim se faça
o bem também que seduz e enseja
dar e receber e ser bons sentimentos.

Que bem-vindo seja o viver
para ser trilho de paz e sol de todo dia
no bem almejar aurora de divina graça.

Bem-vinda seja a luz da utopia.
Bem vindo sóis que somos nós
à clarear o dia na poesia do amanhecer.


Natal, RN, Brasil, 15/02/2013.
11 h: 49 min – 12 h: 21 min.

Amanhecer em Barra do Rio – Extremoz/RN
Foto de Ivam Pinheiro (acervo pessoal).

Seg, 4 Fev 2013 às 22:02

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From: jcbarreto77@hotmail.com
Subject: Cecília Meireles
Date: Mon, 4 Feb 2013 19:22:23 -0200

O AMOR 

É difícil para os indecisos.

É assustador para os medrosos.

Avassalador para os apaixonados!

Mas, os vencedores no amor são os fortes.

Os que sabem o que querem e querem o que têm!

Sonhar um sonho a dois,

e nunca desistir da busca de ser feliz,

é para poucos!

eu sou uma desses "poucos"

amo avassaladoramente O AMOR DAS MINHAS VIDAS...

Miguel Torga, por Bottelho (Wikipédia)

S Í S I F O     (fragmento)

Miguel  Torga

Recomeça...

Se puderes,

Sem angústia e sem pressa.

Os passos que deres,

Nesse caminho duro

Do  futuro,

Dá-os em liberdade,

Enquanto não alcances

Não descanses.

De nenhum fruto

Queiras só a metade.

"Canção do Reencontro"  por Maia Pinto Nas tuas mãos Reencontrei o sonho No teu sorriso Revivi meu canto No teu corpo inteiro Que eu quero meu Senti meu mundo Que eu quero teu E ao sentir Tuas mãos Deslizarem suaves No meu corpo Transformado em universo No teu universo Revivi o finito Transformar infinito Foi no teu sorriso Que ouvi estrelas A estrela funda Espalhando luz E a lus sozinha Brilhou no teu olhar E disseste vida Para me dar amor Transformado eterno Transformado em luz No imenso pálio Transformado em noite Na noite do riso Esperando aurora Para novo amor E te beijarei sempre No infinito hoje Para amanhã viver A ternura e sonho Do amor que quero Que não tenha fim. Natal/RN, out/87 Dinaíza Dantas publicou no grupo TRIBO POTIGUAR Dinaíza Dantas NÊNIA O luto em ofício cantado Quem me dá o lugar Para o ofício dos caminhos destas dores Que caem sobre os que sofrem Aquilo que não podem entender; Para o ofício do que, como andamento, Tem começo, meio e fim, Mas que, sem este oficiar, Nem se inicia, nem transita, nem termina; Quem me dá este lugar Não é o que tentam ser estas dores, Pois que a elas, como humano, Também não chego a entendê-las; Quem me dá este lugar, São aqueles que se dirigem, por mim, A este que não sou eu, Em palavras que se amarram ao que se sofre; A palavra, mais que o olhar; Que também eles dirigem Na esperança de que saibam Seus olhos falar Daquilo que não enxergam. Quem me dá o lugar de tratar com palavras Aquilo que não é das palavras, São os que me dão este ofício Da resposta que não responde; E, se não responde, a minha resposta Assim ela há de ser, Para que, a rigor, Seja ela honesta; Pois se não pode minha resposta responder, Pode a minha resposta sepultar; E, ao sepultar, cabe ser, Como agora, Toda a resposta que se deva dar, A tudo aquilo que aqui se perguntar; Já que não importa Se quem nos deixou era bom ou era mau; Apenas conta aqui que, Definitivamente, nos deixou; E isto é o suficiente Para que nos reunamos para dizer-lhe: Tu és este Que não alcanças entender-nos Porque já não estás presente; Dizer-lhe: Nós não deixaremos Que ocorra levares para a morte, A palavra que aponta para a morte; Dizer-lhe: Nós nos reunimos para notarmos, Em conjunto, a tua falta; E só assim sabermos: Que, de fato, este tu aqui presente, Assim inerte, É quem, aqui, tu já não estás; E oferecermos, Sem que possas tu recusar, Ao que, de ti aqui nos resta, O tratamento que sempre merece Um corpo sobre que tanto se construiu; Um corpo que, sem negociações, No sempre e no depois se desfaz; Um corpo, dentro do qual, Um marco de conquista habitou E, de algum modo, deu muito exemplo E muito documento Sobre nossa imperfeição; Pois que também aqui a humanidade Mesmo sem ter sobre esta ausência Todo o foco de seu olhar, Também aqui ela encerra Uma das tantas suas tentativas De ensinar-nos que devemos, Como a uma sepultura, Cavar nossa felicidade, Mesmo sem termos qualquer indício Da vultosa loucura Que faz da escolha deste sítio Toda nossa esperança. NOTA: o poema Nênia – O luto em ofício cantado, de H. Haydt de S. Mello, se encontra publicado, com as indicações das personagens e suas respectivas vozes, in Romanceiro de Antígona, p. 200-203, Báscula Editora, 1ª edição, 1995