segunda-feira, 26 de agosto de 2013

DOIS CAMPEÕES QUE PARTIRAM

 



O Brasil, em um só momento, perde dois ícones do futebol: GILMAR DOS SANTOS NEVES, aos 83 anos e NILTON DE SORDI aos 82.
O ex-goleiro foi bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de 58 e 62. Nasceu na cidade de Santos no dia 22 de agosto de 1930. Começou a sua carreira no Jabaquara, pequeno time da Baixada Santista. Na década de 50, foi transferido para o Corinthians, onde atuou durante 10 anos. Na década de 60 voltou à sua cidade natal para defender o Santos e lá viveu o auge da carreira, jogando no time que consagrou Pelé como o melhor jogador da história do futebol. Foi considerado o goleiro menos vazado do certame mundial. Aos 27 anos, ganhou seu lugar no time titular por transmitir segurança a todos os setores da equipe. A história do futebol registra suas defesas estupendas e um dos líderes do grupo. O "quíper" do Corinthians chegou ao futebol da capital paulista meio que por acaso, como contrapeso na negociação de um obscuro meia do Jabaquara. Terminou no Vasco da Gama constituindo-se um líder nato pela ascendência natural entre os companheiros, tendo merecido a honra de ser o capitão e, na final, levantar a taça Jules Rimet – foi o primeiro brasileiro a tocá-la.
Conquistou três títulos paulistas. Na Suécia, segurou um rojão: assim como já ocorrera com Barbosa, injustamente apontado como o vilão da derrota em 1950, corria o risco de amargar sozinho a culpa por um possível revés na Copa. Gilmar foi o fiador da vitória, agarrando todas debaixo dos paus.
Por sua vez, o ex-lateral-direito De Sordi, foi campeão mundial com a Seleção em 1958,  falecendo em decorrência de falência múltipla dos órgãos em Bandeirantes, no interior do Paraná, sendo portador do mal de Parkinson, tendo nascido em Piracicaba (São Paulo), no dia 14 de fevereiro de 1931 e iniciado a sua carreira no XV de Piracicaba, sendo contratado pelo São Paulo em 1952. Com o Tricolor, o ex-lateral conquistou disputou 543 partidas, não marcou nenhum gol e foi campeão paulista em 1953 e 1957. Era um marcador determinado, mas na seleção contundiu-se na semifinal e não pôde jogar a decisão. Depois de cinco jogos esplêndidos, não apareceu na foto do time campeão (em seu lugar entrou Djalma Santos, da Portuguesa.


Quem ouvia os dois nomes nos alto-falantes dos estádios suecos achava que a zaga da Itália tinha entrado no campo com o time errado. Mas Bellini, de 28 anos, e De Sordi, de 27, eram do interior de São Paulo, onde começaram suas carreiras.  
Dos 22 campeões de 1958 somente 9 ainda estão vivos. Que Deus os conserve por mais tempo testemunhando o tempo de glória do nosso futebol. 

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