sábado, 23 de fevereiro de 2013

COMISSÃO DA VERDADE DA UFRN


Em depoimento, no âmbito da Comissão da Verdade da UFRN presidida pelo Professor aposentado Carlos Roberto de Miranda Gomes, o advogado, professor do Curso de Direito da UFRN e sociólogo JULIANO HOMEM DE SIQUEIRA fala sobre as arbitrariedades cometidas nos anos de chumbo. O depoimento durou três horas e meia e contou com grande público,que prestigiou o evento.
Foram subsídios de magna importância para o levantamento de aspectos obscuros da vida universitária e a indicação de pessoas que poderão esclarecer determinados atos praticados no período da repressão ocorrido no Brasil.
Os temas debatidos devem merecer mais distaque nos canais informativos da UFRN como forma de inteirar os estudantes sobre a verdadeira história da nossa Universidade.

20 de fevereiro de 2013

OAB/RN e CAARN solicitam desburocratização das licenças para construção da nova sede e clube dos advogados

por Anne Medeiros
Imagem Interna
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte, Sérgio Freire, e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados – CAARN, Paulo Coutinho, acompanhados do conselheiro federal da OAB Kaleb Freire, solicitaram ao prefeito de Natal, Carlos Eduardo, na tarde desta quarta-feira (20), a desburocratização das licenças para a construção da nova sede da instituição e do clube dos advogados. “A nova sede será em Candelária e o clube dos advogados em Cidade Satélite. Com as novas instalações iremos aumentar o alcance do trabalho social prestado à comunidade carente com a nossa assistência jurídica gratuita, que por ano já realiza em torno de 5.000 atendimentos”. Na oportunidade, Sérgio Freire pediu, ainda, o apoio da prefeitura na organização do 1º Encontro Nacional dos Jovens Advogados, evento que vai atrair mais de 5.000 profissionais de direito. A capital potiguar disputa a indicação como sede do evento com outras três capitais.

Carlos Eduardo determinou que o secretário municipal de meio ambiente e urbanismo, Marcelo Toscano, providencie a celeridade nos processos de licenciamento para o início das obras e colocou a estrutura da prefeitura para colaborar na organização do 1º Encontro Nacional dos Jovens Advogados: “A cidade está de portas abertas para receber esses jovens advogados”, declarou.

PERNAMBUCO É SÓ CHEGAR!
POR QUE O RIO GRANDE DO NORTE NÃO FAZ COISA IGUAL? POR QUE NÃO TEM?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



21 de fevereiro de 2013

Conselho da OAB/RN adere a discussão dos projetos do Programa pela Eficiência na Gestão Pública de Kelps Lima

por Anne Medeiros
A reunião do Conselho da OAB/RN realizada hoje (21) contou com a participação do deputado estadual Kelps Lima. Na ocasião, o parlamentar apresentou aos conselheiros projetos do Programa pela Eficiência na Gestão Pública que visam mobilizar vários segmentos da sociedade através de um amplo programa que delimite um novo moderador das relações do Poder Executivo com a Coisa Pública. “Peço apoio da OAB/RN para que a instituição participe da discussão e apresente proposições também”, disse kelps.
Entre as principais ações dos projetos, que devem ser postas em prática a partir de 2015, estão: fim da casa oficial para Governador do Estado; fortalecimento do princípio da impessoalidade no trato da coisa; verba pública publicitária utilizada somente em campanhas educativas, com informações de utilidade pública; critérios de ocupação de cargos comissionados e criação de índice de qualidade do serviço público no Rio Grande do Norte.
Os conselheiros aprovaram a iniciativa da discussão e sugeriram a realização de audiências públicas para que as propostas fossem apresentadas. Conforme o presidente da OAB/RN, Sérgio Freire, o projeto será encaminhado a Comissão de Estudos Constitucionais da Seccional Potiguar e depois o assunto entrará na pauta do Conselho para debate interno antes das audiências.
Yoani Sánchez
(A BLOGUEIRA PROSCRITA)


Um fato que vem ocupando o espaço da imprensa brasileira, nesta semana, é a visita da jovem Yoani  Sánchez, cidadã cubana, que teve a” audácia” de manter um blog na rede social de computadores, dando conta da falta de liberdade em seu País e violação de direitos humanos, situação que a impediu de obter autorização para se ausentar do seu domicílio.
Com a assunção do Presidente Raúl Castro, afinal, recebeu o visto autorizando o seu deslocamento de Cuba, o que permitiu a sua vinda ao Brasil, com a esperança de beber um pouco na fonte da democracia, que supunha existir no maior nação da América do Sul.
Ledo engano da blogueira, aqui chegou debaixo de protestos veementes dos baianos de Feira de Santana, cercada de um aparato inusitado para lhe dar garantia de vida, haja vista que alguns dos nossos “democratas” armaram uma arapuca para mantê-la silente.
A sua visita a Brasília não foi diferente, pois a convite do Parlamento brasileiro, ali foi vítima de protestos de pessoas e de parlamentares, deixando-a aturdida e sem entender aquela postura tão castradora quanto fora no período da ditadura do Estado Novo getulista e do governo militar, bem próximo das restrições comuns adotadas por Fidel.
Em São Paulo nem foi possível lançar um livro e ter um diálogo com os leitores, sendo forçada a retornar ao seu hotel, possivelmente para retornar ao seu País, onde poderá merecer menos hostilidade.
Que democracia estranha é esta nossa! Que demonstra intolerância a uma desconhecida blogueira, impedindo-a de exercer o seu direito de ir, vir e falar, tolhida até do direito de assistir um documentário do seu interesse e tudo isso por iniciativa de alguns militantes de esquerda.
Aqui convivemos pacificamente com os integrantes esquerdistas, sejam comunistas ou socialistas, que têm a liberdade de concorrerem a cargos eletivos, escrevem os seus princípios ideológicos, sem censura. Conversei com alguns e estes não concordaram com essa atitude radical de alguns militantes.
Temos engolido a eleição de alguns “fichas sujas” para altos cargos no Parlamento, a intromissão de forças políticas em assuntos que não lhes pertencem, mas não admitimos a fala de uma mulher simples, de nacionalidade cubana, que tem pensamento contrário aos dirigentes de seu País, numa atitude estritamente de liberdade de expressão, ainda que sua interpretação não seja a mais correta, o que mereceria contestação, mas sempre pela via de mão dupla.
Que Brasil é esse? Qual nome deve ser dado a esse tipo de democracia?
Esperamos uma resposta convincente nos próximos dias!   

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


                AS PERSPECTIVAS DO CATOLICISMO II
         Ciro José Tavares

            Na aula inaugural de Ernest Renan no Colégio de França, depois de ter sido nomeado professor, em fevereiro de 1862, abordando o tema Da participação dos povos semíticos na história da civilização, o auditório liberal acolhe em triunfo sua frase sobre Jesus: “Homem incomparável, tão grande que eu não gostaria de contradizer os que o chamam de “deus”. A despeito disso seu curso é suspenso por sentença do Ministro da Instrução Pública sob pretexto de que ele expõe doutrinas injuriosas à fé cristã e de forma a produzir agitações perigosas. Sua obra A Vida de Jesus, que o obscurantismo da igreja de Roma relacionou no índex, não é nefasto à fé e à moral. É um livro de história, onde o autor pesquisa e apresenta fatos acontecidos na Palestina, há mais de dois mil anos, num tempo em que os romanos tinham a região como província, que Pilatos, Herodes e o Sinédrio de Jerusalém se acumpliciavam para cometer crimes. O livro mostra um país dominado, a pregação de um homem de trinta anos e sua nova mensagem de amor, fé e liberdade.
            Falando a língua do povo, o aramaico, anuncia nos campos e nas cidades, por parábolas e aforismos “que o reino de Deus está em vós.” Registra que esta figura central da história da humanidade, jamais frequentou uma escola e nunca escreveu um livro. Sua docilidade, seu novo testamento “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” recebeu como prêmio a morte numa cruz. O que o autor faz é trazer à atualidade os fatos passados, opiniões de diferentes estudiosos e apresentar suas conclusões do universo pesquisado. Dou-lhes um exemplo: “Não estou bem certo de que a conversão de São Paulo se tenha passado como contam Os Atos, mas ela se passou de uma forma não muito longe disso, já que São Paulo nos conta, ele mesmo, que teve uma visão de Jesus ressuscitado, que deu uma direção inteiramente nova à sua vida”.Oscar Wilde, no livro DE PROFUNDIS, escrito na prisão de Reading, escreve primorosa defesa do livro de Renan e, a partir dele, faz magníficas observações sobre Jesus. Classifica a obra como o Quinto Evangelho, o Evangelho segundo São Tomé. Renan informa Wilde, diz às vezes que a grande façanha de Cristo foi ter-se feito amar tanto depois da sua morte como tinha sido amado durante a vida. Guardo a impressão de que, a exemplo da visão de São Paulo, A Vida de Jesus, de Renan, os sofrimentos no cárcere e as profundas reflexões, foram responsáveis por uma nova vida do poeta inglês. Ao refletir, escrever e colocar em evidência a pessoa de Jesus, Wilde mergulha com indescritível e extraordinária fé no cristianismo. E eu confesso que o DE PROFUNDIS, ao lado da leitura dos Evangelhos, de muitas das cartas de São Paulo, do livro Os Santos que Abalaram o Mundo, de René Fulöp Miller, a coleção Análise da Inteligência de Cristo, de Augusto Cury, significaram o fortalecimento do meu espírito e minha radical opção pelo Cristianismo, que não é diferente da de Santo Agostinho, da de São Tomás de Aquino, da de São Francisco de Assis, da de São João da Cruz, da de Santa Teresa D’Ávila e da dos mártires dos primeiros anos.
            Quero concluir essas reflexões compartilhando alguns trechos da obra de Wilde, cuja leitura volto a recomendar. “O que Deu era para o panteísta, era o homem para ele”. Ele foi o primeiro a conceber as raças dividas como uma unidade. “Disse dele que se localiza ao lado dos poetas. Isso é verdade. Shelley e Sófocles são da sua companhia. Mas toda a sua vida é igualmente o mais maravilhoso dos poemas”.
            “Os seus milagres parecem-me tão belos como a vinda da primavera e tão naturais quanto ela. Não tenho dificuldade alguma em acreditar que tal era o encanto de sua personalidade, que a sua mera presença trazia paz às almas angustiadas, e que aqueles que tocavam seu manto ou as suas mãos esqueciam suas dores, ou que, quando ele passava pela estrada da vida, pessoas que nunca tinham visto os mistérios da vida passavam a vê-los nitidamente, e que outras, que tinham estado surdas para qualquer voz que não fosse a do prazer, ouviam pela primeira vez a voz do amor e achavam-na tão musical como a lira de Apolo”.
“E com certeza, se o seu lugar é entre os poetas, ele é o condutor de todos os amantes. Ele percebeu que o amor era o segredo esquecido do mundo que os homens sábios procuravam, e que só através do Amor poderíamos aproximar-nos dos corações dos leprosos ou dos pés de Deus”.
HOMENAGEM DESTE BLOG AO POETA LÍVIO OLIVEIRA



ENTREVISTA DE LÍVIO OLIVEIRA A THIAGO GONZAGA
Natal, 17 de fevereiro de 2013.

T.G. Lívio Oliveira, fale um pouco da sua infância, onde nasceu, e como foram seus primeiros anos da juventude?
L. O. Nasci nesta ensolarada Natal, numa manhã de 16 de agosto de 1969, segundo dia do Festival de Woodstock rolando lá nos EUA (acontecimento em que eu gostaria de ter dado os meus berros inaugurais, em coro com Janis Joplin). Minha infância se desenvolveu em meio às boas molecagens com os meus irmãos e a meninada lá do Barro Vermelho e, também, nas férias que passava na Fazenda Poço da Pedra, do meu avô materno, além dos passeios e temporadas na Alameda Faraco, Avenida Índio Arabutã e Tambauzinho, em João Pessoa/PB, onde moram diversos componentes das famílias paterna e materna. Na rua Segundo Wanderley (primeiro nome de poeta que conheci) subia em árvores, telhados e muros altos (e também caía vez ou outra. Sempre fui meio atrevido, incauto, não sei nem como sobrevivi – risos), brincava de “polícia e ladrão”, “garrafão”, “peia-quente”, “31, alerta!”, jogava Banco Imobiliário e War e era (e ainda sou, cada vez mais) um perna-de-pau no futebol. Iniciava ali as minhas primeiras leituras, escritos enviesados e garranchos (adorava desenhar e acho que desenho até bem). Olha, tem um dado meio curioso na minha infância: fui Prefeito-Mirim de Natal aos 11 anos de idade. Uma experiência bem legal que marcou a minha infância e da qual me lembro com algum carinho e humor hoje em dia. Já pensou um moleque com aquela idade passeando de carro preto pela cidade com a primeira-dama por uma semana inteira, falando em rádio e fazendo discurso em escolas? (risos). Depois, vários anos depois, participei de alguns partidos políticos de centro-esquerda, chegando a ter quase quatro mil votos numa aventura eleitoral pelo PDT. É verdade, né mentira não, Thiago! Mas, me desiludi com essa história/estória de política potiguar. Isso não dá pra mim não, meu irmão!

T.G. Quais suas primeiras leituras?
L.O. Monteiro Lobato, Mark Twain (“Aventuras de Tom Sawyer” e “Aventuras de Huckleberry Finn”, em traduções de Monteiro Lobato, que tenho até hoje), Maurice Druon (li “O Menino do dedo verde” numa tarde), contos diversos adaptados (irmãos Grimm, La Fontaine etc), trechos da enciclopédia Barsa e Delta Júnior, além de muitos gibis. Adorava os heróis Marvel, principalmente. Mas, lembro-me bem da revista “Recreio” e também de todos os personagens Disney e de Maurício de Souza. Vez ou outra me aventurava, também, nas conhecidas Zagor e Tex, apesar de não terem sido de minha predileção. Depois, Revistas Realidade e Manchete, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade (que conheci primeiro como cronista numa coleção chamada “Para gostar de ler”), José Lins do Rego, Graciliano Ramos, autores de literatura policial como Agatha Christie, etc. Somente mais tarde conheci os dois autores que mais me apaixonariam: Fernando Pessoa e Guimarães Rosa. Esse foi o primeiro cenário que avistei nessa terra louca e cheia de delícias da Literatura.

T.G. E seu contato com a literatura potiguar, como aconteceu?
L.O. Além da pequena biblioteca de papai, acredito que a primeira vez que tomei conhecimento da literatura do RN foi através de um programa na TVU, apresentado por Tarcísio Gurgel, Josimey Costa e Inácio Sena. Na terrinha, as minhas primeiras leituras importantes foram as crônicas de Serejo (eu as colecionava num caderno), a poesia de Marize Castro (“Marros Crepons Marfins”) e os textos sobre autores e livros de Américo de Oliveira Costa (“A biblioteca e seus habitantes”, que tenho com autógrafo que me foi dado na Aliança Francesa de Natal). Hoje aprecio inúmeros autores de nossa terra. São muitos e não quero citar pra não ferir suscetibilidades. São mais que cento e um autores...rs.

T.G. Lívio, e o período do Curso de Direito na UFRN, como foi? O que o levou a escolher a área jurídica como profissão?
L.O. Foi um período de grande crescimento humano e de conscientização social. Minhas melhores experiências de juventude, muita aventura em todos os campos. Fui presidente do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti, quando tive a honra de organizar um importante evento jurídico em homenagem e com a presença de Miguel Seabra Fagundes, grande figura intelectual e humana potiguar e que brilhou nacionalmente. Poucos sabem, mas também fiz – posteriormente à minha formatura em Direito – um ano de Filosofia na UFRN e tive grandes professores nessa área. Ainda penso sobre como se procedeu a minha escolha profissional e sei, hoje, que o Direito é mesmo o caminho que escolhi seguir e vou em frente, lutando, persistindo, trabalhando, estudando.

T.G. Você já foi professor, lecionava que disciplina?
L.O. Tive essa boa experiência, por alguns anos, na UnP. Lecionei, destacadamente, “Teoria Geral do Estado” e “Direito Constitucional”. O contato com alunos é algo estimulante e bem complexo, uma lição de relacionamento humano. Dei um tempo pra priorizar a família, a Procuradoria Federal e esse meu gosto pela literatura. Pretendo retomar um dia. Hoje, como Conselheiro da OAB/RN, tenho estado em contato com muitos advogados-professores, o que tem me estimulado a pensar no assunto da volta. Vamos ver no futuro.

T.G. Fale-nos um pouco do seu livro de estreia, O Colecionador de Horas, como foi a experiência de publicar esse livro, quais eram suas influências nesse período?
L.O. Foi um início muito satisfatório, através das mãos do saudoso Franco Jasiello, que aprovou a publicação do livro pela A.S. Editores, pertencente à Livraria A.S. que ficava ali perto do Natal Shopping. Lembro-me do lançamento festivo em que vendi mais de cem livros. Fiquei entusiasmadíssimo (risos). Infelizmente, Jasiello já nos deixou e aquela livraria/editora não existe mais.

T.G. O Colecionador de Horas foi dedicado ao grande poeta potiguar Luís Carlos Guimarães, você o conheceu, teve contato com ele?
L.O. Fui apresentado a Luís pelo contista Manoel Marques Filho. Foi ele, Luís Carlos Guimarães,  quem me deu a honra do aval para a publicação dos meus primeiros poemas no jornal O GALO. Nelson Patriota encampou a idéia, aceitou meus poeminhas. Gostava de ouvir uma frase simpática de Luís Carlos Guimarães: “– Poeta, escreva o seu livrinho”. Se Luís Carlos Guimarães estivesse vivo hoje, eu lhe diria: “–Ainda estou tentando, caro Luís. Ainda estou tentando...”. Penso, ainda, em escrever uma biografia intelectual e de vida de L.C.G.

T.G. Lívio, você também foi colaborador do “O Galo”. Conte-nos um pouco dessa fase e da importância cultural desse jornal?
L.O. Foram meus primeiros passos quanto à publicação de meus textos. Muito importante para mim. Todos sabem da importância desse veículo cultural, que nunca deveria ter acabado. Infelizmente, a descontinuidade tem sido uma marca de nossa realidade cultural e político-administrativa.

T.G. Como era o mercado editorial na época do lançamento do seu primeiro livro? Há muita diferença para o mercado atual?
L.O. Muito parecido. Mas, naquele momento, tive a sorte de ter uma editora lançando o meu livro por sua conta: a A.S. Editores, que já não mais existe. Hoje, há mais editoras e selos editoriais em Natal. Mas, o mercado continua muito complicado. Precisamos crescer muito mais nesse aspecto. Precisamos valorizar a “prata da casa”, termo que Manoel Onofre Jr. muito aprecia.

T.G. Seu segundo livro de poemas, o belo “Telha Crua”, foi vencedor do  Prêmio Luís Carlos Guimarães e  Othoniel Menezes,  você esperava esse reconhecimento já na sua segunda obra poética?
L.O. Se não esperava, eu desejava...e muito! (rs) Trabalhei pra isso e aconteceu. No entanto, isso me deu mais responsabilidade. Ressalto que esses dois nomes merecem todas as honras e, nessa linha, permanente e contínua leitura. Sempre.

T.G. E o livro “Bibliotecas Vivas do RN”? Como surgiu a ideia?
L.O. Da minha paixão pelo objeto livro e pela leitura e de uma grande curiosidade em conhecer os homens por trás dos seus livros, ingressando naquele que, para mim, é um dos ambientes mais íntimos de uma casa: a biblioteca.

T.G. Como foi interagir com personalidades da nossa literatura que amam os livros?
L.O. Sempre é bom conhecer pessoas interessantes e inteligentes, principalmente se reveladas suas personalidades através de suas escolhas bibliográficas.

T.G.  Bibliotecas Vivas do RN, terá  um segundo volume ?
L.O. Pretendo, sim. Mas, com diversos aspectos novos. Um dia, contarei meus planos quanto a isso.

T.G.  Fale-nos do livro “Pequeno Manual Poético da Arte do Xadrez”. Você desistiu de lançá-lo ? Ou aproveitou  os poemas em outros livros?
L.O. Gosto muito desse jogo complexo, que também é uma arte, a arte de Caissa. Ainda estou elaborando mentalmente o roteiro desse livro. Mas, deverá ser um dos meus principais textos no futuro. Acho que é uma ideia que pode dar muitos e bons frutos.

T.G. Como concilia sua profissão de procurador federal com a literatura?
L.O. Com muita disciplina e responsabilidade. E algum sofrimento e muita correria...rs. Sou um inquieto, um cara que dorme pouco e vive na eletricidade. Sou um frenético e ansioso cumpridor de prazos. Mas, tenho a sorte de ser muito organizado, beirando o excesso, também nesse item (risos). Hoje, sou apenas um operário das palavras, sejam elas literárias ou jurídicas. As coisas se complementam.

T.G. Você foi membro de uma comissão de analise dos Prêmios Othoniel Menezes, Luís Carlos Guimarães e Zila Mamede. Como é o exame e a escolha de um bom poema? Como funciona? Há algum critério ou é algo subjetivo?
L.O. Só posso dizer que dá um trabalho danado (rsrs). E critérios tem que haver, evidentemente: o domínio e a correção da linguagem, as soluções criativas e originais, o ritmo, a eventual musicalidade do poema, o estilo... Também, resta claro que a subjetividade do julgador está em qualquer decisão, inclusive nas sentenças judiciais. Na poesia, dá-se o mesmo. Não seria diferente.

T.G. Algum novo poeta potiguar lhe desperta atenção na atualidade?
L.O. Tem sempre gente nova no pedaço, mas estou apreciando muito o pessoal de Currais Novos, que possui um trabalho prolífico e sistemático nesse campo. O Seridó é sempre um celeiro de tudo o que é bom. Mas, confesso que o meu interesse poético atual está voltado para um passado glorioso: o tempo e a voz de Ferreira Itajubá, sobre quem tive a honra de falar e prestar homenagem comemorativa ao seu centenário, por ocasião da Flipipa 2012, juntamente com a excelente pesquisadora Mayara Pinheiro.

T.G. Seus livros tem uma característica em comum,  beleza e qualidade gráfica. É você que escolhe/define as capas das suas obras?
L.O. Sempre opino, dou uns pitacos, uns palpites. Acredito que tenho um olho bom pra essas coisas. Sou vidrado por fotografia e por artes plásticas. Tento ajudar no projeto gráfico, para que o conjunto seja apresentável. Tem dado certo, com os “capistas” excelentes que tenho encontrado, como Fernando Chiriboga, Alexandre Oliveira etc.

T.G. Você foi membro do conselho editorial da FUNCARTE. Como foi essa experiência?
L.O. Foi um momento de boa convivência com figuras inteligentes das letras e, principalmente, foi o início da minha amizade com um cara que muito admiro e que pensa a nossa cultura como poucos: Dácio Galvão.

T.G. E sua fase na presidência da UBE-RN foi positiva?
L.O. Muito positiva. Além da ótima convivência com os escritores e de alguns eventos em prol do resgate da entidade –  importante entidade que ajudei a consolidar e que está sendo bem conduzida por Eduardo Gosson, meu dileto sucessor – consegui fazer a Lei do Livro e do Autor Potiguar, unindo deputados da oposição e do governo de então. Por sinal, essa Lei precisa sair, definitivamente, do papel e se tornar efetiva e eficaz.

T.G. Em 2007 você publicou  “Pena Mínima”,  livro de haicais e poemas curtos, com surgiu a ideia do livro, a obra teve boa receptividade ?
L.O. Mais um dos meus experimentos. Gostei do resultado. Descobri algo da cultura oriental que pude transpor para minhas soluções ocidentalíssimas.

T.G. Em 2009, mais uma novidade, “Dança em Seda Nua”, com poemas eróticos. Fale um pouco dessa experiência poética.  O poeta Lívio Oliveira gosta de fazer experimentações poéticas?
L.O. É disso que me alimento, meu amigo. Mas, o meu erotismo é meio sutil, nada desbragado. Não consegui transpor os limites em direção ao pornográfico. Alguns dizem que este foi um erro. Outros dizem que foi onde acertei. Ninguém consegue agradar a todos, não é?

T.G. Você já manteve um blog, fale um pouco dele, o que tratava?  Temos blogs com bons conteúdos literários e culturais?
L.O. Chamava-se “O Teorema da Feira”, nome que veio batizar o meu mais recente livro de poemas. Foi uma experiência muito prazerosa, mas que não deu pra dar continuidade por total falta de tempo. Hoje, tento compensar contribuindo com outros blogs e escrevendo nas redes sociais, com menos compromisso de atualização diária. Para mim, os dois blogs mais importantes e que me dão mais prazer de leitura, hoje, são o “Substantivo Plural” (www.substantivoplural.com.br), de Tácito Costa (espaço que, apesar da zona conflituosa, é um dos nosso mais importantes instrumentos culturais), e o Infâmia” (www.jairolima.org), do grande poeta pernambucano/potiguar Jairo Lima. Há, ainda, outros blogs bem legais, como o de Sérgio Vilar (“Diário do Tempo”), o de Alex Gurgel (“Grande Ponto”) e vários outros.

T.G. Você lançou recentemente o livro de poemas “O Teorema da Feira”. Houve uma mudança perceptível no seu fazer poético, em relação aos primeiros livros. você considera Teorema da Feira seu melhor trabalho até agora?
L.O. Sim. Não tenho dúvidas quanto a isso. É o meu livro mais maduro e com o qual consegui as melhores soluções poéticas, as que mais me agradaram e que, de uma certa forma, condensam e melhor sistematizam as diversas opções poéticas que fiz ao longo desse tempo em que estou na estrada. Ademais, o título do livro é auto-explicativo.

T.G. Ficou satisfeito com o resultado de “O Teorema da Feira”?
L.O. Sim. Pelas razões já expostas.

T.G. Vamos falar de música. Fale um pouco do CD Cineclube, projeto com Babal, que foi lançado em 2009?
L.O. Simplesmente, uma de minhas maiores realizações pessoais. Um deleite. Principalmente no período da gravação, em que ficava horas e horas acompanhando a turma em estúdio, às vezes até alta noite. Babal e Joca Costa se transformaram em bons amigos e grandes mestres. Sou louco por música. Tenho muitas saudades de ouvir, como ouvia, quase que diariamente, a guitarra de Joca Costa e as vozes e instrumentos maravilhosos que compuseram o disco, dentre eles, Geraldo Azevedo, Khrystal, Valéria Oliveira, Liz Rosa, Di Stéfano, Luciane Antunes etc. E tem o fato de termos unido as letras e a música ao cinema, arte que amo profundamente.



T.G. Lívio Oliveira prefere cinema, poesia ou música?
L.O. Sou um amante de todas as formas da grande arte, mas, se minha poesia se transformar em música, ficarei completamente feliz. E o cinema é a minha fantasia mais completa. Fellini, Buñuel, Bergman, Woody Allen, Glauber Rocha, Lars Von Trier, Scorsese, Hitchcock, Antonioni, Coppola, Bertolucci, Almodóvar, dentre muitos outros, são os grandes feiticeiros da minha vida. Encontro infinita magia naquilo que foi feito por esses caras. É orgânico. É visceral. Está em mim, essencialmente, como os meus sonhos estão. Talvez somente Freud ou Lacan expliquem.

T.G. Quais os planos literários para o futuro, algum livro inédito?
L.O. O maior dos planos é prosseguir na estrada e cuidar da escrita, melhorando o que deve ser melhorado. E livros...claro! Sempre temos mais um na cabeça e/ou no prelo! Também pretendo experimentar e aprofundar coisas na prosa: ensaios, crônicas, novelas, uma peça de teatro...quem sabe? Tudo é possível. Tudo é permitido nessa seara, se tomarmos os devidos cuidados no caminho. Por que não experimentar?

T.G. Quem é o escritor e o ser humano Lívio Oliveira?
L.O. Alguém que crê no valor da arte e um cara que já acertou algumas vezes e se equivocou outras tantas, mas que sempre buscará o caminho mais acertado, ética e esteticamente. Aprendi a pedir desculpas pelos meus erros e agradecer pelo que recebo através da generosidade dos outros. Tento fazer o bem e nunca faço o mal de caso pensado. Mas todos incomodamos, em um momento ou outro. Faz parte da natureza humana, que conheço melhor, mas que ainda me traz enigmas. Confesso, ainda, que – antes de tudo – este escritor é alguém que se sente melhor como leitor, em meio ao colorido e os cheiros de uma boa biblioteca. Aceito e trabalho razoavelmente o mundo digital e as suas novidades, mas ainda amo apaixonadamente um bom livro posto sensualmente entre as mãos e com suas palavras impressas reluzindo diante dos olhos. 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SERENA E ESCLARECEDORA


TJRN emite nota oficial sobre escolha da lista tríplice

NOTA OFICIAL
A respeito da sessão aberta com escrutínio reservado e proclamação pública do resultado, para fins de escolha da lista tríplice do Quinto Constitucional, realizada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte em 15 de fevereiro de 2013, cujos efeitos foram suspensos liminarmente pelo Conselho Nacional de Justiça, este Tribunal esclarece que:
1 – A escolha da Lista Tríplice por voto reservado, em sessão aberta, é avalizada por entendimentos das duas principais Cortes brasileiras, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça. O artigo 26 do regimento interno do STJ define que a sessão para votação de lista do Quinto Constitucional deve ser pública, mas, no parágrafo 7º, ressalva que o escrutínio será secreto. O STF, ao decidir o Mandado de Segurança nº 28.870, de 08 de junho de 2012, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, manteve esse entendimento;
2 – No que se refere ao posicionamento do Conselho Nacional de Justiça, trata-se de medida liminar, de caráter temporário, sobre a qual o Tribunal prestará as informações necessárias, sustentando as razões jurídicas do seu entendimento;
3 – Ademais, o Artigo 61, parágrafo 2º, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte afirma que as sessões de escolha de lista do Quinto Constitucional devem ser abertas com escrutínio reservado;
4 – Em relação ao questionamento sobre o quórum da sessão, destaque-se que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte conta atualmente, em sua corte, com apenas 12 desembargadores aptos ao voto, e portanto o número de sete votos constitui a maioria absoluta no resultado da votação.
O TJRN prestará informações ao CNJ dentro do prazo estipulado, de 48 horas, e aguarda a apreciação do mérito da questão para tomar as decisões cabíveis, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte

REPRISE NECESSÁRIA


Por Franklin Jorge l Novo Jornal [17 de fevereiro de 2013]
O RN deve ao folclorista Deífilo Gurgel uma obra que põe em relevo o nome do autor e o projeta no espaço e no tempo por essa contribuição aos estudiosos da Cultura Popular. Fortuna que amealhou em árdua e perseverante pesquisa de campo que o levou por todo o território norte-rio-grandense, em trabalho que resultou numa coleta que enriquece, especialmente, os estudos do Folclore no Brasil.
Durante uma década em que se desdobrou para ouvir e anotar o que sobreviveu na memória do povo – e que fatalmente teria se perdido sem a sua colaboração –, fez Deífilo, com inegável generosidade e paciência, a primeira etapa de um processo que encontrará seus cultores, uma gente mais subsidiada pela erudição capaz de analisar, classificar, interpretar, contextualizar e ampliar os frutos dessa inestimável coleta.
Em 1985, aos 60 anos, deu início a uma pesquisa inspirada por achados que anteriormente fizera, ao embrenhar-se nesse projeto. Colheu de suas conversas com uns e outros uma herança cultural e entregou-se Deífilo, de corpo e alma, a um trabalho absorvente e exaustivo que o escravizaria por toda uma década, quando já lhe pesava a idade e os anos trabalhados.
Nesse afã, esquadrinhou o território norte-rio-grandense à procura de raridades que sobreviviam na memória do povo e as encontrou sob a forma de romanceiros ibero-portugueses que nos chegaram com os colonizadores e, nesse percurso, enriqueceu-nos com a descoberta de romanceiros mais recentes, escritos por gente daqui, como Fabião das Queimadas, escravo que alforriou-se a si mesmo, à sua mãe e a uma sobrinha com quem se casou, cantando pelas feiras do Agreste ao som de sua rabequinha.
Refiro-me ao Romanceiro Potiguar, um acontecimento que traz à luz uma tradição oral que sobreviveu à passagem do tempo em comunidades rurais esquecidas. Romances e xácaras que se cantavam nas feiras e nas festas domésticas e devocionais, encontraram em Deífilo o seu salvador inconteste.
Lendo-o, reencontro consignadas em seu livro versões do Romance de Juliana e Dom Jorge, colhidas de Francisco Canindé da Silva e de Atanásio Salustino do Nascimento, agricultor no Sítio Oiteiro, no município de São Gonçalo do Amarante, que nos deu a versão mais próxima do original anônimo que passou da Espanha para Portugal e de Portugal para o Brasil. Já a versão do palhaço Faísca, cognome de Francisco Canindé – conhecido entre nós por sua interpretação do “Velho”, personagem picaresca que conduz o Pastoril e espicaça o prazer do auditório com suas piadas licenciosas e cheias de sugestões libidinosas -, é um texto estropiado que só vale a título de curiosidade.
Meticuloso, informa-nos Deífilo que coletou 29 versões desse romance, enumeradas a seguir:
    .Isabel Poti, Ceará-Mirim (1978). Josefa Joana da Conceição, Abrigo Juvino Barreto, Natal (1978). MARIA DE Aleixo, Alcaçuz, Nísia Floresta (1985). Isabel Joaquina do Nascimento, Alcaçuz (1985). Luísa F. Marques, Sítio Moreira, Pedro Velho (1985). Francisca Tavares, Lagoa do Sal, Touros (1985). Geralda Batista de Moura, Touros (1985). Dona Conceição, Lagoa do Sal, Touros (1986). Juvina Monteiro Lourenço, Rio do Fogo, Maranguape (1986). Dona Zulima, Campo de Santana, Nísia Floresta (1986). Dona Helena, Carnaubinha, Touros (1986). Dona Dalvanira, Alecrim, Natal (1986). Maria Barbosa, Apodi, (1987). Sebastiana M. Vale, Redonda, Areia Branca (1987). Moreninha, Genipabu, Estremoz (1987). Dona Moça, Curral de Baixo (1988). Maria José de Oliveira, Estremoz (1988). Dona Sulina, Baía Formosa (1988). Ana Luís Nascimento, Laranjeiras do Abdias, São Jose de Mipibu (1988). Maria Júlia, Caraúbas, Maxanraguape (1988). Cícera Xavier, Caraúbas, Maxaranguape (1988). Josefa da Conceição, Maracajaú (1989). Maria Silva, Acari (1990). Berta Lopes, Redinha (1991). Maria José (Militana Salustino), Sítio Oiteiro, São Gonçalo do Amarante (1991). Maria Ribeiro, São José, Touros (1992). Terezinha Alexandre, Lagoa Nova (1993). Terezinha Soares, Espírito Santo (1993). Ana Ferreira Dantas, Carnaúba dos Dantas (1993).
Publicado postumamente, o ano passado, Romanceiro Potiguar é o 21º volume da Coleção Cultura Potiguar da Secretaria Extraordinária da Cultura. Uma obra de longo alcance que aumenta nossa fortuna cultural. Livro que faz de seu autor um indiscutível patrono da pesquisa folclórica.

Diferença Lógica entre Religião e Espiritualidade 

Texto do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes, 

Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela Universidade Federal 

do Amazonas (FUAM, 1986), Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física 

de São Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado 

em Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear 

na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001). 


A religião não é apenas uma, são milhares . 
A espiritualidade é apenas uma. 
A religião é para os que dormem. 
A espiritualidade é para os que estão despertos. 

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. 
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior. 
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas. 
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo. 

A religião ameaça e amedronta. 
A espiritualidade lhe dá Paz Interior. 
A religião fala de pecado e de culpa. 
A espiritualidade lhe diz: "aprenda com oerro".. 

A religião reprime tudo, te faz falso. 
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro! 
A religião não é Deus. 
A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus. 

A religião inventa. 
A espiritualidade descobre. 
A religião não indaga nem questiona. 
A espiritualidade questionatudo. 

A religião é humana, é uma organização com regras. 
A espiritualidade é Divina, sem regras. 
A religião é causa de divisões. 
A espiritualidade é causa de União. 

A religião lhe busca para que acredite. 
A espiritualidade você tem que buscá-la. 
A religião segue os preceitos de um livro sagrado. 
A espiritualidade busca o sagrado emtodos os livros. 

A religião se alimenta do medo. 
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé. 
A religião faz viver no pensamento. 
A espiritualidade faz Viver na Consciência. 

A religião se ocupa com fazer. 
A espiritualidade se ocupa com Ser. 
A religião alimenta o ego. 
A espiritualidade nos faz Transcender. 

A religião nos faz renunciar ao mundo. 
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele. 
A religião é adoração. 
A espiritualidade é Meditação. 

A religião sonha com a glória e com o paraíso. 
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora. 
A religião vive no passado e no futuro. 
A espiritualidade vive no presente. 

A religião enclausura nossa memória. 
A espiritualidade liberta nossa Consciência. 
A religião crê na vida eterna. 
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna. 

A religião promete para depois da morte. 
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida..
___________________
Colaboração de GIANA e OSMAN

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Assessoria de Imprensa da OAB/RN
Natal, 19 de fevereiro de 2013.

ESA: Aula Magna com Misael Montenegro Filho acontece nesta quarta (20)

A Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte realizará nesta quarta-feira (20), às 19h, no auditório do Ministério Público, Aula Magna de abertura do ano da ESA. Na oportunidade, o novo diretor-geral da Escola Nacional de Advocacia, Henri Clay Santos Andrade, estará presente, bem como será proferida palestra do professor Misael Montenegro Filho, com o tema “Responsabilidade Civil do Advogado”.

Misael Montenegro Filho
É bacharel em Direito, formado pela faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1993. Autor de diversos livros jurídicos, destacando-se: Curso de Direito Processual Civil, em três volumes; Manual de Processo Civil: técnicas e procedimentos; Processo de Conhecimento na Prática; Ação de Indenização na Prática; Recursos Cíveis na Prática; Ação de Execução na Prática, Ações Possessórias, Código de Processo Civil Comentado e Interpretado e Responsabilidade Civil - Aspectos Processuais, todos editados pela ATLAS, além de Processo Civil para Concursos Públicos e Processo Civil no Exame de Ordem, publicados pela Editora Método. Membro do IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Processual.

AULA MAGNA DE ABERTURA DO ANO ESA 
Dia: 20/02/2013
Hora: 19h
Local: Auditório do Ministério Público (Rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, 97 - Candelária - Natal/RN)
Palestrante: MISAEL MONTENEGRO FILHO
Tema: Responsabilidade Civil do Advogado
Inscrições: encerradas
Informações: 84 4008 9400


Atenciosamente,
Anne Danielle Cavalcante de Medeiros
Assessoria de Imprensa da OAB/RN
84.8801 2309



Notícia preocupante
Fui surpreendido com o noticiário da suspensão do processo de escolha do advogado Glauber Rêgo para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na vaga reservada ao Quinto Constitucional.
 A decisão do conselheiro do CNJ Jefferson Kravhychyn, em caráter liminar, está fundamentada em representação da advogada Germanna Gabriella Amorim Ferreira, que tem atuação profissional em Mossoró, que argumentou ter havido violação do devido processo legal, haja vista ter sido feita a formação da lista tríplice em votação secreta, quando os preceitos normativos e jurisprudenciais se inclinam para a votação aberta e fundamentada.
O processo ficará no aguardo de pronunciamento de mérito, salvo alguma medida diferente por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora a Assembleia Legislativa Estadual não esteja subordinada ao CNJ, o assunto deve ser tratado com cautela, porquanto de nada adiantaria dar prosseguimento às etapas seguintes para nomeação uma vez que o TJ não poderá efetivar o escolhido, enquanto não houver uma decisão no âmbito judicial.
Confesso que não acompanhei o desfecho da lista sêxtupla perante o Tribunal de Justiça, mas reconheço que a votação aberta e justificada tem sido um posicionamento do CNJ e também defendido pela OAB.
Espero que não exista por traz disso tudo algum interesse de candidato derrotado, acobertado por quem acha que tem poder ou influência para lograr êxito no tapetão.
Que triunfem a legalidade e a legitimidade.


UM ABRAÇO FRATERNO
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor
Neste sábado que passou estava em minhas peregrinações triviais de um dia de nada fazer, quando, em uma loja adentram dois jovens, um casal, e indagam se eu aceitava um abraço. O gesto, num misto de surpresa e alegria tocou-me profundamente e, com emoção aceitei aquela afetuosa e sincera oferta, sem que nada fosse solicitado de volta, que aliviou o meu caminhar.
Não sei se estavam a serviço de alguma religião, talvez da campanha da fraternidade, ou não, mas isso não importa, o que vele é o desprendimento, o propósito, a iniciativa, verdadeira semente para elevar o espírito, notadamente de criaturas que já carregam o peso da canseira do dia a dia ou do tempo presente, prenho de maldade, de violência e de busca de vantagens nem sempre elogiáveis.
Aproveitei, então, para meditar um pouco sobre aquele proceder e,em silêncio roguei a Deus que aumentasse esse exército de amor, principalmente neste momento propício da quaresma, preparação para a páscoa e no limiar da renúncia do Chefe maior da Igreja Católica, Papa Bento XVI..
Dentro desse clima, fiz breve reflexão sobre o papel das religiões e fui obrigado a reconhecer a importância da Igreja Católica no correr do tempo, mantendo vivos os escritos dos nossos ancestrais, berço da sabedoria e do conhecimento teológico e mesmo científico de dois milênios, desde os monges copistas que, sob a pressão dos bárbaros, souberam preservar nos mosteiros todos os escritos, desde fragmentos da Bíblia, Cartas, Sermões, Atos e instrumentos da conservação da grandeza de Jesus e dos seus seguidores até os dias presentes.
Não fosse a Igreja Católica, também através das Escolas e Universidades criadas em todos os recantos da terra, estaríamos amargando a ignorância da criação e da vida santa dos nossos obreiros.
Diante disso meditei a atitude repulsiva de alguns cristãos de outras igrejas, embora do mesmo credo, que insistem em postergar valores das santas criaturas que carregaram física e emocionalmente, os ensinamentos teológicos através dos tempos, que merecem ser reverenciados como heróis e aos quais devemos ser eternamente gratos.
Não compreendo como alguns rejeitam o culto a Maria, mãe do Nosso Senhor Jesus Cristo, consagrada por Deus para gerar o Redentor da Humanidade. Também não vejo explicações para a crítica ao culto aos nossos ancestrais, representados por imagens esculpidas, como poderiam ser através de fotografias, que somente nos permitem lembrá-los para um agradecimento justo pelo papel que exerceram, com risco da própria vida.
Irmãos em Cristo, vamos nos unir para fortalecer a fé, a caridade e o amor pelo próximo, cada um adotando a formalística que cada igreja praticar, mas sem ressentimentos, sem fanatismo, com racionalidade.
Certa vez enviei para uma aluna uma bela mensagem de Chico Xavier e ela depois me informou que nem chegou a abrir o e-mail, pois mencionado o nome daquele bom cristão, ela não ousaria sua leitura, por ser um agente do demônio.
Apenas, intimamente, lamentei o ocorrido e constatei como alguns não sabem interpretar a mensagem do Senhor e cada dia mais se afastam da máxima de uma igreja única e um só Pastor para dar sequência à nossa vida religiosa,ainda que em casas diferentes.
Uni-vos Igrejas de todos os matizes e vamos trabalhar pelos necessitados, sem disputa de quem dá ou faz mais, mas quem reparte com mais intensidade o amor.
Rogo ao Cristo Jesus, como poderá ser a Buda, Maomé ou Alá pela paz entre os povos e pela erradicação da dor, da fome, da ignorância e da miséria, para que todos os irmãos se abracem todos os dias, fortalecendo e valorizando a vida e possibilitando uma páscoa universal ad aeternum.
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Comentário:


AMOR FRATERNO

(quartetos em decassílabos)

Eu vejo a vida por um outro prisma:
Pela beleza fraternal do amor,
Que não tem credo e muito menos cor,
E nem se curva a qualquer sofisma.

E não comporta, nele, qualquer cisma.
Amor amigo, não vê nenhum defeito.
É sentimento sublime, e com efeito,
Se sobrepõe a tudo o que há na terra.

Disse Jesus, e sua palavra encerra:
Que nos amemos “a perder de vista”,
Pois é amando, assim, que se conquista,
A paz nos corações, e não a “guerra”.

Wellington Leiros
(12.12.2012)