quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


A Parede retentora de mágoas

Certo dia, de forma acidental, encontrei um grupo de amigos num salão de exposição de artes plásticas, no saguão da Universidade de Princeton. E, feliz por tê-los encontrado ali, terminei por sentar-me com eles numa vasta sala de aulas, onde assistiriam uma preleção.
Passei  a  assistir a explanação e empolguei-me, porque o tema era psicologia. Estava sendo proferida por um professor cujo nome ora não me ocorre, mas fora  ministrada em língua espanhola, razão por que me recordo de algumas coisas do conteúdo da referida palestra.
Fragmentariamente, algo permanece em minha memória e transformou-se em motivo de minhas pesquisas e análises nesse campo.
Faz mais ou menos uns vinte dias, estava eu esperando uma pessoa no “hall” de um edifício, quando ouvi uma pancada no interior da sala fronteiriça ao elevador, que estava fechada. Fiquei atento.  O barulho repetiu-se e ouvi a seguinte verbalização: “Mer....! Exijo reconhecimento. Não me conformo com tamanha displicência. Yamanha desatenção!  Que falta de respeito!   Minutos depois, a porta abriu-se e a moça saiu sozinha, portando uma bolsa. E sala estava vazia. Não havia mais ninguém, 
Fiquei preocupado!  A moça aparentemente estava bem. Possivelmente, estivesse ensaiando algum texto de teatro ou novela.  Eu fiquei supondo coisas.
Chegando a pessoa que eu aguardava, logo trocamos a documentação que viemos permutar e, de repente ela me olhou, perguntando: Você está bem? Está tão tenso!
Não! Respondi. É que acabo de ouvir um caso inusitado. Então contei-lhe o que ouvi.  A pessoa riu e me disse: “Essa moça que você viu sair é estudante de psicologia e, de quando em vez, ela joga coisas na parede, fala palavrões, grita ou resmunga para desabafar as mágoas que guarda ao longo dos dias. É o que ela explica, pois, todos nós conhecemos essas reações dela.  A suplantação das mágoas.
Dizem os psicólogos: “Quando estiver abafado, não se infarte! Grite para ninguém ou jogue coisas nas paredes ou no chão!. 
Nós, que professamos a doutrina dos espíritos, dizemos:
-“Faça como recomenda o Cristo: Ore e vigie! Peça perdão de suas faltas, mesmo que desconheça quem tenha sido o ofendido. Ofereça a outra face!
DEUS vos abençoará.
Jansen Leiros


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