sábado, 6 de setembro de 2014


O JL SOBREVIVERÁ
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

            Notícia reconfortante, no meio desse cipoal de coisas ruins que vivenciamos nessa terra de Poty – “O Stadium JUVENAL LAMARTINE” sobreviverá ‘ad, aeternum’.
            A propósito, realçando a corajosa decisão do Desembargador Cláudio Santos, ressalto a beleza da crônica do estimado Rubens Lemos Filho, cuja infância exilada não lhe tirou a herança lírica do velho Rubão, dando as cores da alegria à história pungente daquela velha praça de esportes do Tirol, de uma só catraca.
            De repente, a pena suave de Rubinho, traça para o presente o perfil daqueles vibrantes craques das grandes pelejas das tardes de sol de Natal ou das noites mal iluminadas do antigo campinho, cujos nomes não ouso registrar, para não ser traído pelas já decadentes ‘prateleiras da memória’, como costumava dizer o inesquecível João Machado, embora possa nomear os meus ídolos: Jorginho, Wallace (meu primo) e Alberi, sem esquecer os emblemáticos Sansão e Pernambuco e também Perequeté, com a sua toquinha no cabelo.
            Estou, também, nesse time que aplaude com convicção ortodoxa a preservação daquele patrimônio sentimental de várias gerações, que recebeu a visita dos imortais Pelé e Garrincha.
            Fiz fileira com os torcedores que ao findar dos jogos retornavam pela Jundiaí, discutindo sapiência da tática futebolística, aproveitando a brisa canalizada pelas frondosas árvores que acompanhavam toda a extensão daquela avenida, entrelaçadas como uma cobertura ecológica,  até desembarcar no Grande Ponto e de lá cada um tomar o seu rumo.
            Por mais que me esforce, não terei o brilho de Rubinho, cuja coluna ‘Passe Livre’ deve ser lida na íntegra, para o deleite de uma crônica genial desse jornalista que conheci nos primeiros passos da profissão e, por tabela do seu pai, coloquei na minha lista de pessoas admiráveis.

            O JL teve melhor sorte que o sempre lembrado Castelão (Machadão), pelo que só me resta parabenizar o Desembargador Cláudio, pelo desprendimento e a Rubens Lemos Filho, pela doçura da palavra escrita. 


O  Espelho de Gandhi
O Espelho de Gandhi
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu: "A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim.
Quem quer ser amado, ama. O caminho para a felicidade não é reto. Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!"
Grande Gandhi!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

N E C O


NECO - MEU VIOLONISTA, MEU AMIGO

Odúlio Botelhodo IHGRN/ALEJURN/INRG

Revendo a crônica que escrevi em homenagem   póstuma ao grande Neco do Violão, no dia de sua partida, há oito anos, reafirmo que ele foi uma das melhores pessoas que conheci.*


Se o grande Rafael Rabelo foi o monumental violonista das décadas de 1980/1990, tendo orquestrado e acompanhado no seu violão de ouro os deuses da mpb, a exemplo de Nelson Gonçalves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Altemar Dutra, Gal Costa, Paulinho da Viola, Claudionor Germano, Maria Betânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Alceu Valença, Ney Matogrosso, enfim, todos os astros do cancioneiro popular (tendo produzido inclusive o excelente CD "Mestre Capiba" - BMG-Brasil), o grande Neco do Violão, nascido e sepultado no vale do Ceará-Mirim foi o meu violonista predileto, desde 1952, nos tempos da Rádio Poti de Natal e, de lá até o dia 23 de Setembro/2006, não mais o larguei. Apenas quando Neco passou a residir no Recife, por duas décadas, a nossa parceria musical deixou de existir formalmente, porque no campo espiritual sempre estivemos unidos.

É verdade que parei de cantar por algum período. Imposições da vida. Entretanto, com o retorno de Neco a Natal nos reencontramos e, como não poderia deixar de ser, cultivamos uma amizade muito mais madura do que nos tempos da juventude. Neco, em tempos idos, fez parte do conjunto musical Vocalistas Potiguares, que marcou época na musicalidade natalense, ao lado dos irmãos Sebastião e Roldão Botelho, Walter Canuto e tantos outros, sendo esse um grupo musical que nada devia aos grandes conjuntos brasileiros, entre os quais: Anjos do Inferno, Demônios da Garoa, etc...

Bem, estando devidamente apresentado aos leitores o meu inesquecível amigo Manoel Guedes de Araújo, que veio a este mundo pelas carícias de Dona Corina e de Seu Araújo no ano de 1931, ascendeu para a glória da eternidade em 23 de setembro último, uma vez que "há tempo de nascer e tempo de morrer", conforme o ensinamento do Eclesiastes: 3:8, embora tenha nos deixado repletos de saudades sim, mas de tristeza não.

Há um detalhe peculiar ao seu falecimento que precisa ser levado ao domínio público. Neco partiu para o outro plano em paz com Deus e nos braços de seus amigos. Comemorava-se, naquela ocasião, o aniversário de uma pessoa muito especial - Fátima Guedes. Tocou o seu violão durante uma tarde inteira, com o solo magistral do tecladista Sílvio Caldas. Estava feliz e exultante no convívio dos seus fãs.

Nesse ambiente festivo entendeu que deveria partir para o universo celestial, decisão que se amoldou ao que sempre praticou durante a vida: com serenidade, discrição, simplicidade, indulgência, paciência, amor, lealdade e paz. Faleceu nos braços dos seus amigos prediletos - Zé Petit, José Perci, Sílvio Caldas (o juiz) Rubinho Botelho, Assis Câmara, Walquíria de Assis, Arthunio Maux, Beto (filho de Evaniel), Carlos Alberto Galvão de Campos e Odete, enfim, de todos aqueles que no dia festivo do aniversário de Fátima estavam delirantes com os seus acordes maravilhosamente sonoros. Parece que o grande momento estava preparado. Aqui na terra, comemorava-se a alegria da vida, inclusive com a presença lírica do poeta e escritor Nei Leandro de Castro.

No Céu, Deus certamente o estava esperando para consagrá-lo na sua grandiosa benignidade. Resta, agora, agradecer ao Onipotente por ter convivido com você, estimado Neco, o que foi inegavelmente uma dádiva. Mas, é oportuno indagar com muita saudade: quem irá acompanhar-me quando eu for cantar Violões em Funeral?

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*Crônica escrita em 23 de set. 2006 e publicada a pedidos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014



ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RIO GRANDE DO NORTE - ALEJURN

ELEIÇÃO PARA A DIRETORIA E CONSELHO FISCAL
COMUNICAÇÃO DA ÚNICA CHAPA INSCRITA

A COMISSÃO ELEITORAL designada pela Portaria n° 01/2014-P, de 10 de julho de 2014, da Presidente, em exercício, da Instituição, COMUNICA aos interessados, para os fins de direito, que foi deferido o pedido de inscrição da chapa única “UNIÃO PELA CULTURA JURÍDICA” para os cargos da ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RIO GRANDE DO NORTE – ALEJURN – biênio 2014-2016, cujo pleito ocorrerá no dia 12 de setembro de 2014, em sua sede provisória sita à Avenida Afonso Pena, 1155, 2° andar – Tirol – Natal/RN (dependências da Procuradoria Geral do Estado do RN), no horário das 8 às 16 horas, para o preenchimento dos diversos cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal, composta dos seguintes Acadêmicos pretendentes, registrados para concorrerem aos seguintes cargos: DIRETORIA: Presidente: JOSÉ ADALBERTO TARGINO ARAÚJO, Vice-Presidente: ZÉLIA MADRUGA, Secretário Geral: LÚCIO TEIXEIRA DOS SANTOS; Secretário Geral Adjunto: ARTHÚNIO DA SILVA MAUX; Tesoureiro: JOSÉ DANIEL DINIZ. CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros: JOSONIEL FONSECA DA SILVA, LUIZ ANTÔNIO MARINHO e FRANCISCO DED SALES MATOS.

 O edital com as normas editalícias completas está afixado na sede provisória da Instituição, no início indicada.


Natal/RN, 03 de setembro de 2014

A Comissão Eleitoral  

FRANCISCO DE ASSIS CÂMARA

Presidente
 
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES

Membro
 
ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS

Membro

GEORGE VERAS

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H O J E   em  Mossoró

SOLIDARIEDADE CRISTÃ




quarta-feira, 3 de setembro de 2014

QUE TIPO DE ENERGIA ESTAMOS

PRODUZINDO POR AQUI?


Por Flávio Rezende*


         Tenho dito em conversas pessoais que a grande revolução que vai acontecer em nosso planeta, será a vinda dos seres extraterrestres.

         Tudo que já acontece não consegue mais sensibilizar e nem provocar grandes mudanças por aqui. Já nos acostumamos com crimes violentos, sistemas políticos diversos, mudanças de comportamento, estações climáticas e tudo já foi devidamente processado, queira ou não queira as indignações e rejeições a determinadas coisas não tem força para provocar mudanças, então seguimos tendo que assistir periodicamente todas as coisas, apenas mudando de cenário, de sistemas ou de pessoas, mas como dizem por ai, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

         E em algumas ocasiões, quando cito que a grande onda vai ser essa vinda dos caras que ainda não conhecemos ao vivo e a cores, alguns interlocutores questionam o motivo deles ainda não estarem interagindo por aqui.

         Como não tenho fontes no além e as canalizações e mensagens mediúnicas ou afins disponíveis por ai podem ser questionáveis e algumas amalucadas,     tenho minhas próprias teorias que, claro, não tem nenhum embasamento real, sendo apenas viagens mentais que faço e que compartilho agora com vocês.

         Se eles, os extras, chegarem aqui um dia, fica patente que tem superioridade sobre nós, que apesar de espionarmos o cosmos, não conseguimos enxergar nada muito além das estrelas que brilham e dos astros que vagueiam.

         Não sei o tipo de superioridade. Se moral, não nos incomodarão, certamente vão querer explicar como as coisas são por ai e dissipar esse véu da ignorância que nos persegue e que nos incomoda por tanto tempo.

         Se forem malvados, vão querer nos dominar, roubar coisas de nossa natureza e, quem sabe, nos aprisionar ou detonar tudo de uma lapada só.

         Bem, então o que impede eles de se aproximarem? Na minha visão, eles são do bem e tem uma alta sensibilidade. Nosso planeta, que dizem ser do tipo “expiação”, gera muita energia negativa e isso fica como a nossa aura.

         Quando eles se aproximam pelo alto, sentem logo aquela carga pesada, a energia deletéria, ficando impossível a permanência deles num ambiente assim, até mesmo pelo fato de que essa energia muito negativa pode contaminar os extras e eles adoecerem ou até mesmo caírem em nossa malha do mal e ficarem com vontade de sair por ai falando mal dos outros, subtraindo objetos, desviando recursos e outros babados mais.

         Algumas informações espirituais dizem justamente que lá em nossa origem éramos anjos, que decaímos e que nessa vinda para este pedaço do universo, entramos nesta roda e dificilmente sairemos daqui, pois nos enredamos nessas picuinhas e vamos contraindo cada vez mais débitos (karma).

         Então almas boas, se minha tese for verdade, ou melhoramos individualmente, colaborando para que coletivamente possamos passar a gerar uma energia mais positiva, nos habilitando assim a integrar a comunidade cósmica universal, ou vamos continuar por aqui indo e voltando do material para o umbral ou para algum lugar mais ou até menos, num vai e vem sem fim, podendo até, segundo alguns, regredir e voltar a habitar mundos bem mais complicados.

         Não sei se tudo isso é um pensamento sem eira e nem beira, mas por via das dúvidas, procuro seguir o que alguns mestres andaram dizendo, que colaborar com essa boa energia é necessário e que fazer o bem sem olhar a quem e amar a todos e servir a todos é fundamental.

         Faça muito, faça médio ou faça pouco, mas faça algum bem para que possamos sair desse ciclo repetitivo de nascimentos e mortes e poder junto a nossos amigos mais adiantados, celebrar a obra divina com todo o amor que nela existe e que só pode ser acessado com um corpo material devidamente purificado e energizado com as boas práticas já devidamente divulgadas por aqui.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Remédios



Antes dos anestésicos

Elísio Augusto de Medeiros e Silva

Empresário, escritor e membro da AEILIJ
elisio@mercomix.com.br



Na sociedade vitoriana pouca coisa provocava tanto temor as pessoas, quanto se submeter a um ato cirúrgico. A administração da dor era um grande problema.
 Não existia qualquer forma de anestesia, além do ópio e do álcool, que só podiam ser administrados com moderação, em virtude dos efeitos colaterais. A realização de qualquer procedimento cirúrgico era visto como uma forma de tortura. Praticamente, o paciente sentia todas as dores.
Os cirurgiões da época se orgulhavam de sua rapidez, pois as longas operações eram insuportáveis para os pacientes, bem como para eles. Procedimentos que hoje demoram horas eram executados em poucos minutos, para diminuir o sofrimento.
Em 1811, a escritora britânica Fanny Burney submeteu-se a uma mastectomia em Paris. Um ano depois, em carta a uma irmã, descreveu a terrível experiência.
Teria sido administrado a ela um vinho como única forma de anestesia. Foi em seguida acomodada em um apertado cubículo, que fora montado em sua casa por uma equipe de sete profissionais.
Então, deitada lado a lado com compressas, bandagens e instrumentos cirúrgicos, teve o rosto coberto por um lenço. Segundo sua própria descrição: “Quando o aço terrível penetrou meu seio, cortando através das veias, artérias, carne, nervos, nada havia que me impedisse de gritar. Soltei um grito que durou interminavelmente por todo o tempo da incisão, e muito me espanto por não mais ouvi-lo ecoando em meus ouvidos! Que agonia excruciante... Senti, então, a faca chocando-se contra o esterno, raspando-o! Tudo se desenrolava enquanto eu permanecia em uma tortura inteiramente muda”.
Antes de desmaiar, praticamente em choque, depois da operação, viu de relance o médico que a operara – “quase tão pálido quanto eu, o rosto recoberto de sangue e a expressão de dor, apreensão e, quase, horror”.
Em outubro de 1846, no Hospital Geral de Massachusetts em Boston, o dentista William Morton fez uma demonstração pública da utilização do éter como anestésico.
A notícia logo atravessou o Atlântico, e ainda naquele ano o dentista londrino James Robinson começou a usar o éter em seus pacientes, o que causou espanto entre os médicos.
Na virada daquele ano, o entusiasmo pelo éter se alastrava para além da comunidade médica, divulgado pela imprensa. Muitas pessoas se interessaram pelo tema – um deles foi John Snow.
Contudo, o milagroso anestésico não era totalmente seguro. Algumas aplicações funcionavam muito bem – o paciente adormecia pelo tempo que durava o procedimento, acordava minutos depois, sem qualquer lembrança da operação e a sensação de dor era bastante reduzida. Porém, alguns acordavam abruptamente no meio da cirurgia. E muitos jamais acordaram.
O estudioso John Snow logo aventou a hipótese de que fatos assim ocorriam por uma questão de dosagem e iniciou uma série de experiências, a fim de determinar a melhor maneira de administrar o milagroso gás. Snow organizou uma “Tabela para o cálculo da intensidade do vapor do éter”, baseado na influência que teria a temperatura do local onde estavam sendo realizados procedimentos cirúrgicos.
Enquanto concluía seus estudos, Snow iniciou um trabalho com Daniel Ferguson, um fabricante de instrumentos cirúrgicos, com o intuito de produzirem um inalador que permitisse um melhor controle sobre o anestésico.
Em 1847, a comunidade médica direcionou suas atenções para um novo anestésico – o clorofórmio – e Snow passou também a pesquisá-lo. Em finais de 1848, Snow publicou uma monografia sobre a teoria prática da anestesia.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

H O J E
8 horas - MISSA - SOLENE EM AÇÃO DE GRAÇAS PELOS 100 ANOS DA ESCOLA DOMÉSTICA;
Em seguida, visita aos túmulos do Doutor Henrique Castriciano e das ex´-Diretoras Noilde Ramalho e Margarida Cabral.
11 horas - Inauguração do Marco Comemorativo do Centenário
11,30 horas- Inauguração da Galeria das Diretoras
19 horas - SESSÃO SOLENE
 

domingo, 31 de agosto de 2014



Saint Exupéry 70 anos

José Eduardo Vilar Cunha

Jornalista e escritor


Ocasionalmente em duas oportunidades me aproximei da história a respeito de Saint Exupéry.  A primeira vez foi quando me dirigia para a famosa praia de Saint Tropez que, nos anos 60 ficou conhecida por ser moradia de Brigitte Bardot e, por causa do horário do le bateau, pernoitei em Saint Raphael, Côte d’Azur que é uma estância balneária da Riviera francesa, inserida numa belíssima enseada repleta de embarcações. Durante o tempo que passeava pela parte antiga da vila fui informado que havia uma exposição da Aéropostale. A segunda vez que aconteceu esta aproximação foi em Vichy, a capital do Estado Francês nos anos 40–44, período este, considerado obscuro na história francesa. Atualmente Vichy é procurada para o uso terapêutico das suas águas termais.

 O jornal “La Montagne” que circula na région de Auvergne, em Jeudi 31 Juillet 2014, informava da comemoração dos 70 anos do seu desaparecimento, visto que, em 31 de julho de 1944, Saint Exupéry, numa missão de reconhecimento fotográfico, desapareceu pilotando P38 Lightning  F-B5 num voo sobre o mediterrâneo, nas proximidades de Marseille.

Na exposição em Saint Raphael pude observar que Pierre-Georges Latécoère fundou em Toulouse - Montaudron a Lignes Latécoère em 1918, que em seguida passou a ser Compagnie Générale d’Entreprises Aéronautiques, C.G.E.A. em 1921, posteriormente, Compagnie Générale Aéropostale em 1927 e por fim, Air France 1933.

A história que lhes conto começa quando Saint Exupéry ingressa como piloto da Aéropostale, justamente com Mermoz e Guillaumet voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar. Nesta mesma época ele publica seu primeiro livro L’Aviateur e os seguintes, Courrier Sud em 1929 e Vol de Nuit, 1931.

Após o armistício de 1940 quando a França e a Alemanha acertaram o cessar fogo, Saint Exupéry viaja para Nova York e em 1943 publica “O Pequeno Príncipe” alcançando sucesso internacional.

Ainda, em 1943, Saint Exupéry retorna ao antigo esquadrão 2/33 da Força Aérea da França Livre, permanecendo em uma base na Córsega. Todavia, é numa das missões de averiguação que o seu avião desaparece, sem deixar vestígios, naquela data fatídica, 31 de julho de 1944.

Muitas hipóteses são aventadas sobre a autenticidade do aparecimento da pulseira encontrada por um pescador com identificação ANTOINE SAINT EXUPÉRY, em 1998. Contudo, em 2000 os destroços do avião P38 Lightning F-B5 foram encontrados ao largo de Riou, Marseille, sendo identificados pelo número de série da aeronave. Segundo consta em relatos as peças restantes encontradas do avião estão no museu do Ar e do Espaço de Bourget.

Um enigma permanece neste sinistro, o corpo de Saint Exupéry nunca foi encontrado.