sexta-feira, 26 de junho de 2015

57 anos de UFRN


Ângela Maria Paiva Cruz

Reitora da UFRN

Quem dos potiguares acima dos 40 anos não tem um familiar que não tenha passado, estudado, “se formado” nas salas de aula da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)? A indagação é apenas para rememorar que essa instituição tão familiar a cada um dos norte-rio-grandenses, completa 57 anos no próximo dia 25 de junho. Lembramos disto por que sabemos que a UFRN faz parte da história de boa parte dos norte-rio-grandenses e ocupa algum cantinho do baú de nossas memórias afetivas. De certa forma mistura-se às lembranças de milhares de histórias de nossas vidas. 

Falar sobre esse fato não nos remete a saudosismos. Mas, sim, à consciência de sabermos que conduzimos, e agora pela segunda vez desde o dia 28 de maio, não apenas uma Universidade e sim a maior e mais antiga, e há certo tempo uma das melhores entre as públicas do Norte e Nordeste brasileiros. É certo que cinco décadas não são nada diante da história das primeiras universitas lá do século XII. Entretanto, assim como as milenares, a nossa UFRN se tornou em sua curta história de vida um patrimônio público, pois foi forjada na cultura do povo potiguar. 

Fundada em âmbito estadual pelo Governo Dinarte Mariz, e denominada Universidade do Rio Grande do Norte, foi federalizada dois anos depois, passando a ser chamada carinhosamente de UFRN.  Instalada na antiga casa da Av. Hermes da Fonseca, onde funciona atualmente o Comando do 3º Distrito Naval, a instituição passou a ter “o jeito de ser de uma universidade” quando na década de 70 se mudou para o campus central, em Lagoa Nova, nos limites da BR 101. Cresceu nesse grande bosque de cerca de mil hectares e ampliou sua infraestrutura; avançou na qualidade e diversificou a oferta de serviços na área do ensino público superior. Em cinco décadas a UFRN se tornou referência no que faz, principalmente pela pesquisa voltada para o uso social. Estendeu os braços do campus central, na capital, e alcançou o interior do estado, começando por Macaíba, Região Metropolitana da Grande Natal, e chegando às Regiões do Trairí e do Seridó. 

Aliás, desde os reitorados do Professor Onofre Lopes da Silva, um grande construtor desse projeto chamado UFRN, a instituição dialoga, troca saberes, permuta serviços com as comunidades interioranas. O CRUTAC em Santa Cruz é uma prova dessa vocação e serviu de modelo de “extensão universitária” para instituições nacionais e de fora do Brasil. Já se vão 15 mandatos exercidos por nomes de expressão em diversas áreas da comunidade universitária da UFRN e registre-se que todos deixaram marcas do seu trabalho em benefício do desenvolvimento institucional. Por isso nos tornamos esse gigante e atingimos essa data com grandes feitos. 

Queremos reafirmar nessa data que a instituição mantém com a mesma vocação para alargar os horizontes do ensino de graduação, pós-graduação, técnico e tecnológico que oferta. Estamos de parabéns todos que fizemos parte dessa história, principalmente a sociedade norte-rio-grandense, a quem servimos. Porém, concomitante a esse olhar para o que fomos e somos, e além das preocupações com a gestão diária dos processos internos, temos a obrigatoriedade de zelar pela imagem que a UFRN espelha para a região na qual se insere.  Enquanto gestor deve-se visualizar um futuro para a instituição, de forma que a contemple sempre como uma estrela a iluminar o caminho de centenas de milhares de pessoas que virão a passar por aqui.

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