segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O HOMEM QUE DEU NOME À RUA DA MINHA ADOLESCÊNCIA




Iniciamos a semana falando sobre este extraordinário ceará-mirinense, que é o Francisco de Sales Meira e Sá. Famoso, embora desconhecido dos seus conterrâneos. 
O texto é do Patrono da ACLA, o escritor Pedro Simões Neto, que ocupava a cadeira número 19, que tem como Patrono o Meira e Sá e que hoje é ocupada pelo Acadêmico Gustavo Sobral
Logo que ocupou a cadeira 19, Pedro Simões Neto elaborou uma vasta pesquisa sobre a vida e obra do seu Patrono, resultando no livro denominado O PARADIGMA MEIRA E SÁ.


MEIRA E SÁ É CIDADÃO CEARÁ-MIRINENSE

Enquanto residente em Ceará-Mirim, primeiro, ainda criança acompanhando o seu pai, Olinto Meira, proprietário por herança de sua consorte do Engenho Diamante. Depois, sucessivamente Promotor e Juiz. Meira e Sá foi o impulsionador do movimento abolicionista e republicano na cidade, foi educador – tendo fundado o Colégio São Francisco de Salles, responsável pela formação de inúmeros jovens que se destacaram no cenário cultural nacional e estadual. Fundou também o Popular Instituto Literário e a Sociedade Libertadora de Ceará-Mirim, responsável pela alforria de dezenas de escravos.
Destacou-se nacionalmente ao defender teses jurídicas de relevo, a exemplo da questão da soberania da União e dos estados federados e a causa de limites do Rio Grande do Norte com o vizinho estado do Ceará, que, não fosse a sua intervenção em recurso ao Supremo Tribunal Federal, o nosso estado teria perdido para os cearenses, o município de Grossos.
No Senado, defendeu a construção de uma ferrovia que ligasse Mossoró às cidades pernambucanas ribeirinhas ao rio São Francisco, em projeto apoiado entusiaticamente pelo engenheiro Sampaio Correia e o empresário Ulrich Graff.
Escreveu dezenas de livros sobre assuntos jurídicos, educação, moral e civismo e uma publicação técnica sobre tarifas ferroviárias.
Era casado com uma jovem de Ceará Mirim chamada Maria, filha do senhor de terras Janjão Pacheco.
Morreu em Natal, em 1920, aos 64 anos de idade, no exercício do cargo de Juiz Federal, deixando cinco filhos – duas mulheres e três homens. 
Por iniciativa do vereador Franklin Marinho Jr., a Câmara Municipal de Ceará-Mirim aprovou requerimento de concessão de título de cidadão ceará-mirinense in memoriam ao ilustre jurista, publicista, escritor e benemérito Francisco de Salles Meira e Sá, que viveu na cidade, por mais de vinte anos, e que agora o adotou.
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MEIRA E SÁ deu nome à rua onde vivi toda a minha adolescência, no Barro Vermelho - Natal

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