segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SAUDADE DE BERILO WANDERLEY


BERILO! BERILO!
(poema)
(Sextilhas em pentassílabos)

Em noite de lua,
Poetas à rua,
A musa falou:
- Num sopro divino,
Nasceu um menino;
Berilo chegou.

De olhos tão claros,
Sentimentos raros,
Sorrindo... vivendo!
Cabelos revoltos,
Pensamentos soltos,
Berilo crescendo.

Das letras amante,
Em terras distante,
Saudade sentia.
Amigos, parentes,
Ternuras ausentes,
Berilo sofria.

Sentindo saudade,
Sonhou liberdade,
À terra voltou.
Em mesas de bar,
De novo a cantar,
Berilo chorou.

Chorou de alegria,
Pois tempo fazia
Que assim não chorava.
Amigos à volta,
Su´alma se solta...
Berilo sonhava...

Em meio à seresta,
À musa em festa,
Sorria... sorria...
Dos filhos, a vida;
Esposa querida;
Berilo... alegria.

Mas eis que o destino
Nos rouba o menino
Na flor da idade.
... em noite de lua,
Poetas à rua,
Berilo... saudade.

Wellington Leiros

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