sábado, 18 de julho de 2015

SEMENTES NEGRAS

Poema inspirado na obra de Adélio SARRO Sobrinho,
poeta plástico ítalo-brasileiro, denominada Sementes Negras.
  

Sopram ventos de além-mar,
Carregando melanina,
Em seu bojo se aglutina,
Sua força de criar.

Em criando, multiplica,
Essa raça de pujanças,
que nos emprestam esperanças,
no futuro ao qual se aplica

São raízes que se adentram,
No solo destes “brasis
Tornam os homens varonis,
Nos sonhos que interpretam.

São muitas as referências,
Que apontam seus caminhos,
Registrados, pergaminhos
Preparando as aparências.

Salve, assim, sementes negras
No bojo das melancias,
No cerne das alquimias,
Tão formosas quanto as gregas.
Jansen Leiros*

Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia Norte Rio-grandense de Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Norte Rio-grandense de Genealogia;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

H O J E SERÁ A ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA PARA APRECIAÇÃO DAS CONTAS DO IHGRN DO EXERCÍCIO DE 2014 = H O J E



INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE-IHGRN

CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA


E D I T A L


O Presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN, na conformidade das disposições combinadas dos artigos 10, parágrafo único, e 15, letra “d” do Estatuto Social vigente CONVOCA os seus sócios que estejam em pleno gozo dos seus direitos sociais estabelecidos no referido Estatuto, para se reunirem em Sessão de Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 17 de julho vindouro (sexta-feira), no auditório da Instituição, à Rua da Conceição, 622 – Cidade Alta, nesta Capital, às 15,30 h em primeira convocação, com a presença da maioria absoluta dos sócios e 16:00 h em segunda convocação, com qualquer número, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

a)    Apreciação do Relatório de Gestão e Demonstração Contábil da Diretoria, exercício de 2014;

b)   Outros assuntos correlatos.

Natal, 01 de junho de 2015

Valério Alfredo Mesquita

Presidente
   
Marcelo Alves



Os valores do Direito


Na semana passada, escrevi aqui sobre o “conceito de Direito”, registrando a advertência de Immanuel Kant (1724-1804) - para mim, corretíssima - de que “ainda procuram os juristas uma definição do seu conceito de Direito”. Vou continuar hoje na mesma toada, mais uma vez escrevendo, numa linguagem bem coloquial, sobre “filosofia do direito”, desta feita apontando (e comentando um pouquinho) alguns “valores” aos quais o Direito - e, por conseguinte o seu criador/interprete/aplicador -, deve sempre visar. A lista dos valores aqui apontados, registro desde já, antes que alguém reclame, é apenas exemplificativa.

Na minha lista, o primeiro valor a que o Direito deve visar é a estabilidade. Um direito estável é salutar para qualquer país. A instabilidade, com regras de direito constantemente reformuladas e aplicadas de maneira inconsistente, prejudica muito a confiabilidade no sistema (Infelizmente, sofre o nosso sistema jurídico, num grau altíssimo, do problema da instabilidade. O Brasil, por exemplo, ao longo de sua curta existência como país independente, cerca de 200 anos, já teve várias constituições, ao contrário, por exemplo, dos Estados Unidos, país um pouco mais velho, que, até hoje, mantém a primeira Constituição. A mesma coisa se dá no plano jurisprudencial, bastando citar que, no Brasil, a sorte dos litigantes fica muito ao sabor das frequentes mudanças das composições dos tribunais e das mudanças de entendimento decorrentes disso).

Um segundo valor que deve ser perquirido por nós (operadores do Direito), que está interligado à estabilidade, é a previsibilidade ou a certeza do Direito. Um direito estável estabelece a pretensão de que é uma verdade válida não apenas para hoje, mas também - e aí entra previsibilidade - para o futuro, em todos casos iguais ou parecidos. Disse Eugen Ehrlich (1862-1922), um dos fundadores da jurisprudência sociológica, em “Fundamentos da sociologia do direito” (texto constante do livro “Os grandes filósofos do direito”, publicado pela editora Martins Fontes), em prol da previsibilidade: “há uma grande necessidade social de normas estáveis, o que torna possível, em certa medida, prever e predizer as decisões e, desse modo, colocar um homem em condições de tomar as providências necessárias de acordo com isso”.

Um terceiro valor é a transparência no Direito, que é exigida pela famosa “rule of law” e em qualquer estado democrático de direito, como instrumento de equilíbrio nas relações entre os jurisdicionados e entre estes e o Estado. O Direito - e falo aqui tanto do direito legislado como do direito “judicial” - deve ser devidamente publicizado e o acesso à informação facilmente garantido, proporcionando o controle da atividade jurídica estatal tanto por instituições oficiais (a exemplo do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, das Corregedorias, das Ouvidorias etc) como pelo cidadão comum.

Um quarto valor, não menos importante, é a celeridade. No que toca à atividade jurisdicional (ambiente em que morosidade é mais visível), considerando tanto a ótica do consumidor dos serviços judiciários como a própria administração da Justiça e pensando, realmente, num processo (civil ou penal) de resultados, não haverá o devido acesso à justiça se a prestação jurisdicional é dada tardiamente. Para o bem do jurisdicionado e da própria administração da Justiça, o processo deve encerrar-se no menor lapso de tempo possível. E é um objetivo a ser perseguido tanto com a adoção de institutos que impeçam situações meramente protelatórias como também com a utilização de mecanismos ou critérios que poupem tempo e energia na solução dos casos.

Por fim, a igualdade, o “fundamento último” da justiça. O princípio da igualdade perante a lei - proclamado em termos jurídicos na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), art. VII - vem sendo consagrado, como um verdadeiro dogma político e jurídico, nas mais diversas constituições, dos mais diversos países, como é o caso da Constituição brasileira de 1988. Pode-se dizer, sem medo de errar, que é uma afirmação presente nos ordenamentos jurídicos de todos os países democráticos. É importante registrar que o princípio da igualdade perante a lei, até por uma questão de psicologia social, não pode ficar apenas no plano normativo. Dar soluções contrárias a situações iguais ou parecidas não pareceria direito, mas sim pura arbitrariedade. O valor “igualdade”, portanto, deve ter lugar de destaque na solução dos casos concretos na vida em sociedade. Afinal, como José Alberto dos Reis (1875-1955) certa vez indagou (apud Roberto Rosas e Paulo Cezar Aragão, em “Comentários do Código de Processo Civil”, editora Revista do Tribunais): “que importa a lei ser igual para todos, se for aplicada de modo diferente a casos análogos?”.

Bom, não conheço uma regra de ouro para o Direito. Mas estou certo que a exigência de “Justiça” (esse conceito etéreo que talvez nunca saberemos precisamente definir), em torno da qual gira o mundo do Direito (e seus atores: legisladores, acadêmicos, juízes, advogados etc.), será melhor alcançada na proporção em que fomentados valores como estabilidade previsibilidade, transparência, celeridade e igualdade.

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Mestre em Direito pela PUC/SP

quarta-feira, 15 de julho de 2015


Liberdade e economia cerceadas



Larissa Matos
Professora de Pós-graduação em Direito. Mestre em Direito do Trabalho

Há alguns meses, o Rio Grande do Norte vive uma onda de violência decorrente de problemas multifatoriais, notadamente a falência do sistema penitenciário, que repercute arduamente na conduta da sociedade, vítima da selvageria e brutalidade dos criminosos. É uma pena! 

A impetuosidade dos delinquentes é tanta que o assunto é recorrente na mídia e conversas de potiguares – arrastões; sequestro relâmpago de uma advogada, abordada ao chegar no trabalho; latrocínio para garantir arrombamento de carro em uma rave e outras coisas mais que pontuaram as últimas espantosas semanas, tendentes a regra, não exceção. Saudosos anos em que orgulhosamente afirmava ser Natal uma cidade tranquila e segura.

Contudo, a violência não se restringe às terras de Poti. Alastra-se por todo País, ao passo que o brasileiro sente as consequências desfavoráveis das oscilações econômicas, com sequelas nas políticas públicas, em especial, na educação, saúde e segurança. 

Pude detectar isso na capital do Rio de Janeiro, sobretudo na Barra da Tijuca, onde há menos de um ano consegui caminhar tranquilamente pela praia e andar sem preocupação pelo principal shopping. Atualmente, este “luxo” virou problemático, dada ação de, máxime, menores infratores munidos com facas, que agem acintosamente, em bando e em qualquer hora, vitimando pessoas como o médico Jaime Gold, de 55 anos, esfaqueado e morto na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio.

Nessa senda, destaque-se, na terça-feira (30/06) a Câmara dos Deputados discutiu a PEC da redução da maioridade penal nos crimes graves, pauta corroborada e inflamada por diversas situações como a do referido médico, mas ao final dos debates e votação concluiu pela rejeição. Entretanto, no dia seguinte (01/07), colocou em pauta e aprovou em primeiro turno, a PEC que reduz a maioridade penal para os crimes hediondos. 

Refletindo sobre o contexto da violência envolvendo menores, pergunto-me quem são as vítimas: somente aqueles que sofrem diretamente com a violência praticada? Será que essas crianças também não são vítimas da marginalização e indiferença da sociedade, do descaso do poder público e das próprias famílias que não tem sequer estrutura mínima para ofertá-los?  

Não estou com isso querendo justificar a ação repugnante desses infratores. Todavia, não posso deixar de constatar que o medo instalado na sociedade é consequência direta da ausência de oportunidade e falta de esperança na melhoria da condição de vida daqueles que buscam no crime uma forma de poder para superar o desprezo, indiferença e descaso a que são submetidos habitualmente. Uma antiga fórmula apontada para a solução de muitos problemas sociais e econômicos parece ser olvidada no Brasil: a de que educação e saúde são alicerces para o desenvolvimento de um País.

O quadro desenhado é de menosprezo com as estruturas básicas de uma educação e saúde de qualidades, nitidamente percebida na desvalorização dos profissionais, na má conservação das escolas, dos hospitais e postos de saúde, bem como no corte de orçamentos que deveriam ser destinados a tais áreas. 

Isso somente incrementa a pintura de uma tela bem mais infeliz do que a de Picasso – quando, sob o impacto da notícia do bombardeio de Guérnica, pintou Mulher Chorando (1937) -, e gera, somados a crise econômica e o aumento no desemprego, uma onda de violência cujas implicações e desdobramentos atingem, sem distinção, todos os segmentos sociais, sem qualquer expectativa de melhora. 

Uma triste realidade execrada, mas vivenciada pelo brasileiro, especialmente, o natalense, estarrecidamente desabituado a esta “novidade” que, assim, passa a ver a sua paz sugada pela violência urbana quase similar a uma guerra civil.Tudo isso instala nas pessoas o sentimento de insegurança, medo e pânico, impedindo-as de, inclusive, frequentar determinados lugares, afetando, sobremaneira, a venda de produtos e serviços, assim como os postos de trabalho.

E nesse contexto de violência, o poder público precisa tomar as rédeas e implementar medidas enérgicas e imediatas, como: polícia ostensiva nas ruas, iluminação pública de qualidade, presídios de efetiva segurança máxima, valorização dos profissionais que trabalham na área de segurança, sem obliterar ações a longo prazo, que perpassam por uma educação de qualidade. 

Talvez só assim seja possível impedir o crescimento dessa bola de neve e, portanto, permitir que as pessoas possam desfrutar da liberdade, bem maior do ser humano. 






terça-feira, 14 de julho de 2015



INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE-IHGRN

CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

 

E D I T A L

 

O Presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN, na conformidade das disposições combinadas dos artigos 10, parágrafo único, e 15, letra “d” do Estatuto Social vigente CONVOCA os seus sócios que estejam em pleno gozo dos seus direitos sociais estabelecidos no referido Estatuto, para se reunirem em Sessão de Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 17 de julho vindouro (sexta-feira), no auditório da Instituição, à Rua da Conceição, 622 – Cidade Alta, nesta Capital, às 15,30 h em primeira convocação, com a presença da maioria absoluta dos sócios e 16:00 h em segunda convocação, com qualquer número, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

a)    Apreciação do Relatório de Gestão e Demonstração Contábil da Diretoria, exercício de 2014;

b)   Outros assuntos correlatos.

Natal, 01 de junho de 2015

Valério Alfredo Mesquita

Presidente

AMÉRICA FUTEBOL CLUBE CONVIDA


segunda-feira, 13 de julho de 2015


América Futebol Clube

Um século de existência V
O América Futebol Clube do Rio Grande do Norte, carinhosamente chamado de "Mecão" completa neste dia14 de julho de 2015,
100 anos de glórias.
Anotações do torcedor americano e escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes
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ALGUMAS CONQUISTAS ESPORTIVAS:
1.  O alvi-rubro começou glorioso, como primeiro campeão oficial da Liga de Desportos Terrestres da cidade, fundada, também, em 1918, sendo o campeonato realizado em 1919. Nesse intervalo de tempo (1919 a 1927), o América ganhou todos os títulos disputados, exceto no ano de 1925, que foi ganho pelo Alecrim Futebol Clube.


Oscar, Aguinaldo, Abel, Benfica, Canela, Lopes, Ricardo, Aminadabe, Arnaldo, Arary e Chiquinho
 
2. Ganhou o campeonato de 1922 na disputa da Taça em homenagem ao centenário da Independência do Brasil. Na final, João Maria Furtado, conhecido como "De Maria" fez o único gol da partida frente aos eternos rivais dos americanos, o ABC Futebol Clube.
 

Não poderia deixar de registrar um fato particular da minha família: O desportista José Gomes da Costa, peladeiro no Colégio Marista e nas ruas, quando estudante na Faculdade de Direito do Recife jogou no time do Náutico, depois jogou no America, ao lado de Nilo Murtinho Braga, mais tarde grande jogador do Botafogo carioca e da seleção brasileira, integrou essa equipe de 1922 ao lado de Nilo, Oscar Siqueira, Chiquinho, João Maria Furtado, Benfica, Canela de Ferro, João Ricardo, Américo, Ararí, Aguinaldo e Cazuza, conforme se vê em foto daquele tempo, em uma das partidas, verdadeira relíquia histórica. Quando deixou o futebol foi presidente do seu clube do coração e responsável, junto a outros membros da diretoria, pela aquisição do terreno onde foram erguidas as duas sedes, da Rua Maxaranguape e da Av. Rodrigues Alves.
 
3.  Sagrou-se VENCEDOR, em 1974, do primeiro campeonato estadual de futebol realizado pela Federação Norte-Rio-Grandense de Desportos.
 
4. Campeão do Centenário da República, em 1989. Essa vitória também levou à conquista do seu segundo tricampeonato (Machadão), com a equipe formada por César, Baéca (ou Lima), Medeiros, De Leon e Soares, Indio, Baíca e Demair (Fábio), Lico, Casquinha (Edson) e Edmilson. Técnico Ferdinando Teixeira. Outros jogadores que ajudaram em outras partidas: Eugênio, Baltazar, Edson, Alfinete, Lauro, Marcelo José, Nunes, Guetener e Almir.
 
5. Campeão  da Copa do Nordeste de 1998, derrotando o Vitória na final por 3 a 1, gols de Kobayashi, Biro Biro e Carioca.
 
6.  E agora AMÉRICA FUTEBOL CLUBE CAMPEÃO DO CENTENÁRIO DE FUNDAÇÃO
 

 
Em memorável partida realizada no dia 02 de maio de 2015, o glorioso América Futebol Clube consagra-se CAMPEÃO DO CENTENÁRIO (1915-2015), vencendo de 1 x 0 o também centenário ABC FUTEBOL CLUBE, em partida realizada no Estádio Maria Lamas Farache (Frasqueirão). 

 Resultado de imagem para FOTO DO AMÉRICA FUTEBOL CLUBE DE NATAL, CAMPEÃO DO CENTENÁRIO
GOOOOLLLL DE FLÁVIO BOAVENTURA
 

  


  

   

 
 
 

ROBERTO LIMA CONVIDA


domingo, 12 de julho de 2015

GALERIA DE PRESIDENTES



América Futebol Clube

Um século de existência IV
O América Futebol Clube do Rio Grande do Norte, carinhosamente chamado de "Mecão" completa neste dia14 de julho de 2015,
100 anos de glórias.
Anotações do torcedor americano e escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes
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14/7 a 14/12/1915 - Francisco Lopes de Freitas

15/12/1915 a 1928 - Getúlio Soares, com circunstanciais convocações dos auxiliares Vital Barroca, Aníbal Barata, Oscar Homem de Siqueira, Aníbal Ataliba, Clidenor Lago, Carlos Fernandes Barros, Afonso Joffily, Zélio Perouse Pontes e Clóvis Fernandes Barros;  

1928 a 1930 José Gomes da Costa;

1931 a 1932 Edgar Homem Siqueira e Álvaro Pires; 

1933 a 1934 Osório Bezerra Dantas;

1934 a 1935 João Tinoco Filho, com eventuais convocações de Humberto de Oliveira, João Bezerra de Melo, José Otoch e Oscar Homem de Siqueira;

1935 a 1936 Afonso Ligório Pinheiro;

1937 a 1938 Clóvis Fernandes Barros;

1938 a 1941 Rui Moreira Paiva;

1942 a 1943 Humberto de Oliveira Fernandes;

1944 a 1945 Humberto Nesi;

1945 a 1947 Rui Barreto de Paiva;

1947 a 1950 José Rodrigues de Oliveira;

1951 a 1953 Miguel Carrilho de Oliveira;

1953 a 1956 Jeremias Pinheiro da C. Filho;

1956 – 1958 Murilo Tinoco Carvalho;

1958 a 1961 Heriberto Ferreira Bezerra;

1962 a 1964 Humberto Nesi;

1964 Ulisses Cavalcanti. Menos de 24 horas depois, alegando ordem superior do Quarto Exército, renunciou e em seu lugar foi escolhida uma Junta Governativa até o final do ano (Carlos José da Silva, Desembargador Wilson Dantas Cavalcati e Omr Romero de Medeiros);

1965 a 1970 Humberto Pignataro;

1970 a 1972 Hugo Manso;

1972 a 1974 Dilermando Machado;

1974 a 1976 José Vasconcelos da Rocha;

1976 a 1978 Carlos Jussier Trindade Santos

1979 a 1980 Dilermano Machado;

1980 a 1984 Henrique Arnaldo Gaspar;

1985 Amando Homem de Siqueira, falecido no curso do mandato e sucedido por Adroaldo Fonseca até o final do mandato;

1985 a 1992 Carlos Jussier Trindade Santos

1993 a 1994 Fernando José de Resende Nesi, que renunciou em 23/02/94 (dia do seu aniversário), sucedido de fev. a dez. 1994 por uma Junta Governativa formada por Cláudio Bezerra, Rogério Vilar, Walter Nunes da Silva, Zacheu Santos e Marcos Antônio B. Cavalcanti;

1994 (01/12) a (01.04.1996) Marcos Antônio B. Cavalcanti, sucedido, por sua renúncia por José Maria Barreto de Figueiredo;

1997 a 1998 Eduardo Serrano da Rocha;

1998 a 1999 Roberto Bezerra (dez. 98 a maio de 99), sucedido por Cláudio Negreiros Bezerra e Carlos Jussier Santos (60 dias);

1999 e 2000 Pio Marinheiro, renunciou com 45 dias, assumindo Jerônimo Câmara Ferreira de Melo;

2001 a 2003 José Vasconcelos da Rocha;

2003 a 2005 Francisco Soares de Melo, Roberto Bezerra Fernandes, a partir de janeiro de 2005 e por 45 dias, e depois José Vasconcelos da Rocha;

2006 a 2007 Gustavo Henrique Lima de Carvalho;

2008 a 2009 José Vasconcelos da Rocha;

2010 a 2011 José Maria Barreto de Figueiredo (12/01/2010 a 20/10/2010), com sua renúncia assume Clóvis Antônio Tavares Emídio (21/10/2010 a 10/5/2011) e a partir de maio de 2011 assume Hermano da Costa Moraes;

2012 a 08/01/2014 Alex Sandro Ferreira de Melo (Padang);

2014 a 2015 Gustavo Henrique Lima de Carvalho, licenciado em 19/5/2015 e Hermano da Costa Moraes, em exercício.

           Pela pouca arrecadação de contribuições, muitos dos fundadores arcavam com os gastos extras para manter o clube, ressaltando-se, em particular, Aguinaldo Tinôco, que também era zagueiro e capitão do time, fato repetido em cada geração de torcedores e associados do clube. Ainda hoje o fato se repete, embora com adoção de novos critérios que agregam a galera americana, mas certamente com aqueles que contribuem com recursos mais vultosos e até com sacrifícios pessoais movidos pelo amor ao alvi-rubro natalense.

Uma coisa, porém, é indiscutível: sob o prisma legal, o América é o clube mais antigo do Rio Grande do Norte, haja vista que a publicação do seu primeiro estatuto ocorreu no dia 02 de julho de 1918 no jornal A República de nº 144, 2ª página e o seu registro em Cartório aconteceu no dia 03 de julho de 1918, enquanto nosso maior e respeitável rival só providenciou o seu registro em 13 de dezembro de 1927.

O fato de ordem legal que gerou a oficialização do clube, narrada pelo velho americano Lauro Lustosa, diz que foi em razão de um acontecimento inusitado, quando num treino no campo da praça onde hoje é a Catedral: “o então Coronel Júlio Canavarro de Negreiros Melo, Comandante do 40º Batalhão de Caçadores, que ali passava no dia 3 de junho de 1918, foi atingido por um chute, o que motivou a determinação dada ao seu ordenança, armado com um sabre, para furar a única bola que o clube tinha para treinar e jogar, tendo sido o América obrigado a buscar sua personalidade jurídica para poder entrar com uma ação indenizatória, através do advogado Bruno Pereira em nome do então Presidente Oswaldo da Costa Pereira. Para tanto, os estatutos foram registrados pela primeira vez no dia 3 de julho de 1919, no Primeiro Ofício de Notas, em documento assinado pelo então presidente Oswaldo da Costa Pereira.” Nessa narrativa há o equívoco do ano do registro, que deve ser considerado como 1918, isto é, no dia que se seguiu ao da publicação do estatuto. Essa ação intentada não chegou a ser julgada porque o Governador Ferreira Chaves resolveu indenizar o clube, evitando maiores consequências do incidente em razão do que foi adquirida nova bola, marca “olimpic”, e uma sobra ficou para as comemorações. Mas, de qualquer forma, o América ganhou existência legal.

     Seu uniforme, inicialmente ao tempo da fundação era azul (camisa) e branco (calção), porquanto existia um antigo clube denominado Sport Club Natalense (Natal Sport Club), onde alguns dos fundadores nele atuavam e já usava as cores branca e vermelha. Com a extinção deste, o América trocou as suas cores, que eram as preferidas desde a fundação, coincidindo com o que adotavam outros times com o mesmo nome em outros estados, isto é, “encarnado e branco”, como já constou no registro do estatuto. Obviamente que as bandeiras guardaram as cores de cada época. De qualquer forma essas cores findaram coincidindo com as cores da bandeira da França.

     A propósito, em nossa pesquisa no jornal A República, anotamos um ponto bem interessante. A Diretoria era composta dos seguintes cargos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Orador, Tesoureiro e “capitain”. As atribuições deste último cargo estão contidas no art. 10 e cuidava de: a) organizar os “teams”; b) dirigir os “treinings” e alterá-los, visando sempre a organização dos conjuntos; c) manter a ordem no campo; d) não consentir discussões no campo; e) suspender o jogo em caso de insubordinação da maioria dos jogadores; f) marcar os dias de “trainings”; g) comunicar à diretoria as providências tomadas em campo; h) nomeal um “capitain” para cada “team”; i) nomear um diretor de campo que será responsável pelo zelo de todo o material de campo, obedecendo diretamente à sua autoridade, de quem recebe ordens.

Um aspecto relevante na lembrança dos grandes desportistas o é do reconhecimento ao trabalho do setor jurídico, em todos os tempos, mas que aqui deixo marcado na pessoa do grande americano, que prestou sua inteligência jurídica ao América por muitos anos, até sua passagem para outra dimensão: Walter Nunes da Silva, igualmente o setor médico a cargo do Dr. Maeterlink, dentre muitos outros desportistas de maior valor, em tempos diferentes até os dias atuais, sejam do primeiro escalão ou aqueles quase anônimos como Macarrão, Moura e Souza, por exemplo.


O MAESTRO QUE PARTIU

Morre em Natal o pianista e maestro Waldemar Ernesto Hetzel - Tribuna ...


MINHA HOMENAGEM AO MAESTRO WALDEMAR ERNESTO HETZEL
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor

            Com imensa saudade registros o encantamento do Maestro WALDEMAR ERNESTO HETZEL, que durante muitos anos militou na orquestra da Rádio Poti de Natal e alegrou as grandes festas da cidade de Natal.
            O meu relacionamento com o pranteado músico aconteceu na década de 1950, quando passei a integrar o “cast” da Rádio Poti, inicialmente ele ocupava o lugar de pianista da orquestra de Julio Granados e depois assumiu a maestria.
            De alguma forma ele foi o responsável pelo encerramento da minha carreira artística, pois costumava chegar atrasado para os ensaios, após liberado das aulas do Ginásio Natal, partindo em desenfreada carreira para descer a ladeira da Rio Branco e entrar na Rua do Saneamento, naquela ladeira que liga à Avenida Deodoro.
Um dia ele me chamou e, com a sinceridade paternal me disse que a vida artística era muito dura e, certamente, seria quase impossível conciliar os estudos com a carreira artística. Meditei sobre o assunto e resolvi deixar a carreira artística, num momento em que tinha contrato assinado para uma temporada na Rádio Tamandaré do Recife e, possivelmente, gravar um disco na Rosemblitz (Mocambo). Em meu lugar o empresário Francisco Gomes de Sales convidou Agnaldo Rayol para cumprir esse compromisso.
Realmente passei a dedicar todo o meu tempo no estudo e me saí vitorioso. No baile de formatura da Turma 1968 do Curso de Direito, realizado no América, entramos todos com uma rosa na lapela para após a valsa presenteá-la a alguém. Não tive dúvidas, coloquei a minha rosa na lapela do Maestro Waldemar Ernesto, como gratidão por ter me alertado e conduzido à minha efetiva vocação.
Depois disso, poucas vezes nos encontramos, mas sempre ficou em mim aquele homem calado, competente e de visão de futuro.
Com ele gravei duas faixas no disco comemorativo do aniversário da Rádio Poti, cujas cópias não as tenho.  Lembro-me que gravei  a canção italiana “Incantesimo” e o passodoble espanhol “Novilhero”.
Foi-se aos 91 anos e deixou saudades neste seu discípulo que já está chegando aos 76. Que Deus o receba em sua mansão celestial, como é do seu merecimento. A cidade de Natal, que não é a sua de nascimento, chora a sua perda.