sábado, 6 de maio de 2017

NA RECUPERAÇÃO DA FORTALEZA, ESQUECERAM ALGUÉM!



Notícia indiscutivelmente alvissareira: A Fortaleza dos Reis Magos retornará à administração do Governo do Estado e será restaurada.
A impressa local alardeia essa boa nova com reportagens de página inteira, expondo fotos da visita feita pelos próceres estaduais e técnicos, onde pontuam alguns conhecidos personagens da política e da administração. Parabéns.
Contudo, voltando um pouquinho no tempo, vale relembrar que o passo inicial para essa boa solução aconteceu graças às gestões do então Superintendente, Dr. ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE, que elegeu como sua meta, a curso prazo, a revisão do pedido de retorno do monumento histórico maior da nossa cidade para a administração do Governo do Estado, mediante determinadas exigências, como já havia conseguido com o levantamento do embargo do prédio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Não se pode esquecer as inúmeras providências tomadas pelo então Superintendente em questões funcionais ligadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e a prospecção para a realização de outros projetos de incontável valor, abruptamente interrompidos pela mesquinha atitude do Presidente Temer de exonerá-lo, sem ao menos lhe dar o necessário aviso, em total desprezo a uma figura ilustre da nossa terra, que sacrificou a administração do seu escritório profissional, de reconhecido conceito, para dar uma parcela de sacrifício à nossa cultura, levado pelo impulso típico da politicagem rasteira para atingir um Parlamentar que o havia indicado.
Com essa atitude podemos avaliar como o Governo não considera as pessoas honradas e competentes e as descarta por simples volúpia política.
Por coisas como estas e outras que vêm sendo noticiadas é que dá para entender o chavão "Fora Temer".
Sem qualquer dúvida, no episódio da nossa Fortaleza esqueceram alguém!
Estimado colega ARMANDO, minha solidariedade e o meu permanente respeito.

sexta-feira, 5 de maio de 2017


ESSA PALAVRA COISA...

"A palavra "COISA" é um bombril do idioma.
Tem mil e uma utilidades.
É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma ideia.
"COISAS" do português.
Gramaticalmente, "COISA" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio.
Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "COISIFICAR".
E no Nordeste há "COISAR": Ô, seu "COISINHA", você já "COISOU" aquela coisa que eu mandei você "COISAR"?
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem (menos o trem, que lá é chamado de "COISA"). 
A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a "COISA"!.
E, no Rio de Janeiro?
Olha que "COISA" mais linda, mais cheia de graça...
A garota de Ipanema era COISA de fechar o trânsito!
Mas se ela voltar, se ela voltar, que "COISA" linda, que "COISA" louca.
COISAS de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
COISA não tem sexo: pode ser masculino ou feminino.
COISA também não tem tamanho.
Na boca dos exagerados, "COISA nenhuma" vira um monte de coisas...
Mas a "COISA" tem história mesmo é na MPB.
No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, a coisa estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: Prepare seu coração pras "COISAS" que eu vou contar..., e A Banda, de Chico Buarque: pra ver a banda passar, cantando "COISAS" de amor...
Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva).
E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as COISAS:
"COISA" linda, "COISA" que eu adoro!
Para Maria Bethânia, o diminutivo de COISA é uma questão de quantidade afinal, são tantas "COISINHAS" miúdas.
E esse papo já tá qualquer "COISA". Já qualquer "COISA" doida dentro mexe... Essa COISA doida é um trecho da música "Qualquer COISA", de Caetano, que também canta: alguma "COISA" está fora da ordem! e o famoso hino a São Paulo: "alguma COISA acontece no meu coração"!
Por essas e por outras, é preciso colocar cada COISA no devido lugar.
Uma COISA de cada vez, é claro, afinal, uma COISA é uma COISA; outra COISA é outra COISA.
E tal e COISA, e COISA e tal.
Um cara cheio de COISAS é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques.
Já uma cara cheio das COISAS, vive dando risada. Gente fina é outra COISA.
Para o pobre, a COISA está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra COISA nenhuma.
Coisa-ruim é o capeta, o câncer, a hanseníase, a roubalheira no Brasil. Coisa boa é o Brad Pitt, Richard Gere, Tom Cruise. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema!
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as COISAS, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as COISAS e usamos tanto as pessoas?
Bote uma COISA na cabeça: as melhores COISAS da vida não são COISAS.
Há COISAS que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas mais.
Mas, deixemos de "COISA", cuidemos da vida, senão chega a morte, ou "COISA" parecida...
Mas, finalmente, muita atenção: em ano de eleição vai ter muita “coisa” para enganar o eleitor. Vamos ficar de olho nessas “coisas”. Não vendam o voto por qualquer “coisa”, porque o correto é dar valor às “coisas”.
Por isso, faça a COISA certa e não esqueça o grande mandamento:
"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS "COISAS"." 
Luísa Galvão Lessa – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Entenderam o espírito da COISA ?
_______
Colaboração do amigo Satoro

H O J E

 Última chamada. É Nesta Sexta, 05.05 as 20hs no TCP. Projeto que Ganhou o Premio Hangar Especial. Ingressos no TCP, na PATA NEGRA ou comigo por aqui. Prestigie.




Falta voce nesta Plateia. Dia 05.05 as 20hs no TCP, conto com sua presença.

COSTUMES POLÍTICOS
Valério Mesquita*

Marcelo Fernandes é um amigo de antigas jornadas. Não é comum nos avistarmos pelos vãos e desvãos da vida natalense. Mas sempre que nos encontramos, o cumprimento recíproco é irreprimível: saudações pessedistas!
Essa frase evoca o velho PSD de guerra do tempo de Túlio Fernandes, Alfredo Mesquita, Theodorico Bezerra, Lauro Arruda, Israel Nunes e tantos outros que seria difícil mencionar todos. Era o partidão rolo compressor cujo hino tinha uma estrofe assim: “PSD nunca foi nem será vencido”.
O major Theodorico Bezerra, seu presidente, conta Marcelo, promovia vaquejadas políticas naquele tempo a fim de aglutinar forças eleitorais e constituía a mídia rural do partido. Na região do Trairi o velho cacique tinha um boi brabo de vinte e cinco arroubas, turrão, que ninguém derrubava nas vaquejadas. E ganhou logo um apelido: PSD.
Esse era o espírito dos políticos e dos militantes daquela época, tão bem realçado por Marcelo Fernandes na memorização dos atos e fatos de um mundo partidário desaparecido. De contraponto, registre-se, havia uma UDN hábil, oposicionista, vigilante com uma lanterna de popa. Na rotatividade do poder, a UDN de cima e o PSD de baixo, esse último exercia com denodo e desassombro a Oposição. E foi assim inclusive à época dos governos autoritários. Hoje, o espírito desses antepassados desapareceu. Na plenitude do regime democrático, quando se tem um ex-metalúrgico na Presidência da República, os partidos se esfacelam, se estiolam e se misturam. Até parece um Arenão. Ou um navio com passageiros além da sua capacidade com risco de ir a pique antes de chegar ao próprio porto eleitoral de 2018. Mas, política é carrossel. Longe vai o tempo do PSD/UDN. A propósito, o ex-vereador mestre Pedro Luiz de Araújo, refratário à torrente de adesões ao governo municipal, anos atrás, preveniu o prefeito: “Doutor, tantos “piriquitos” assim numa quenga não tem “mio” que chegue”.
E para ratificar o contraditório dos tempos políticos de ontem com os de hoje, vale recontar aquela história do banquete de Catolé  do Rocha, onde o folclórico Mané Forte se intrometeu  no meio de toda a ilustre família Maia, sentando-se no  último  lugar  à  mesa. As mocinhas prendadas que serviam a refeição todas as vezes que chegavam perto de Mané Forte suspendiam a tigela. E assim aconteceu com as travessas de feijão, arroz, macarrão,  verduras,  frutas da estação, etc. Na hora de servir a tradicional farofa todos os convivas recusaram levantando levemente a mão. Aí sobrou para o adesista eventual Mané Forte, que teve o seu prato entupido de farofa. Não  contendo  a  indignação, Mané protestou: “Cuidado, menina, prá mim só tá chegando cereais...”. Ó tempos, ó costumes...


(*) Escritor.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

P A R A B É N S



H O J E



Caros  amigos, com prazer, anuncio o lançamento de meu novo livro de poesias, o “CADERNO DO IMAGINÁRIO”, programado para o dia 3 de maio de 2017, e conto, para completa alegria, com suas honrosas presenças. No cartão-convite abaixo (e no anexo) reproduzido, há detalhes do evento, tais como horário, local e endereço.


Abraço fraterno de HORÁCIO PAIVA. 




MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
    
     
RESOLUÇÃO No 004/2017-CONSUNI, de 31 de março de 2017.
        
Concede Título de Professor Emérito a CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES.
A REITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE faz saber que o Conselho Universitário – CONSUNI, usando das atribuições que lhe confere o Artigo 14, Inciso V, do Estatuto da UFRN, combinado com os artigos 138, 141 e 142 do Regimento Geral da UFRN,
CONSIDERANDO o desempenho didático, pedagógico e administrativo do professor Carlos Roberto Miranda Gomes, enriquecido com sua extensa produção acadêmica e pelo convívio estimulante e fraterno com seus incontáveis discípulos;
CONSIDERANDO sua inestimável contribuição como Presidente da Comissão da Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, no período de 2012 a 2015 – função que desempenhou com coragem, isenção e brilhantismo sem abrir mão da sua condição de cidadão crítico, atuando como verdadeiro magistrado;
CONSIDERANDO a decisão da Plenária do Departamento de Direito Público – DPU, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA, em reunião ordinária realizada no dia 14 de setembro de 2016; e do Conselho de Centro – CONSEC, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA, em reunião ordinária realizada no dia 03 de novembro de 2016;
  CONSIDERANDO o que consta do processo no 23077.054823/2016-32,
           
RESOLVE:
           Art. 1o Conceder o Título de Professor Emérito ao pesquisador, advogado, auditor, escritor e professor CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, pela notável contribuição ao ensino e à aplicação do Bom Direito – atitudes diuturnamente demonstradas em sua exemplar vida de docente.
  Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
                                           Reitoria, em Natal, 31 de março de 2017.
Ângela Maria Paiva Cruz

                                             REITORA

segunda-feira, 1 de maio de 2017


O que vi e aprendi aos70
BERILO DE CASTRO 

· a dormir em rede;

· a dormir e acordar cedo;

· a cuidar mais da saúde;

· a viajar no imaginário das boas leituras;

· a escutar mais e falar menos;

· a gastar menos e guardar mais;

· a administrar os paraefeitos da idade;

· a usar mais a razão do que a a emoção;

        a repelir com horror e indignação as danosas,  maléficas e criminosas torcidas organizadas de  
          futebol;

· a continuar praticando atividade física;

· a continuar com os divertidos, animados e relaxantes papos com amigos, regados a um bom uísque;

· a admirar cada dia mais as belas  poesias musicais (raras, hoje);

· a detestar e não suportar a poluição sonora, com o uso criminoso de" paredões"- um atrazo secular e sem solução;

· a admirar  mais os homens de bom caráter;

· a ojerizar a mentira e detestar a falsidade;

· a conviver com a simplicidade e valorizar mais o humano;

· a não aceitar o gene da ganância como dominante;

· a me indignar mais e mais com a corrupção institucionalizada;

· a continuar a não entender as pessoas raivosas e mesquinhas;

· a repulsar veementemente a ingratidão;

· a assistir, cada vez mais revoltado e deprimido, ao descaso, à indiferença e ao  abandono na saúde pública;

· a continuar  assistindo tristemente ao descaso e à deteriorização do sistema de ensino público;

        a acreditar e me sentir triste, envergonhado e roubado em saber que nos  últimos quinze anos o país foi criminosamente governado por um antro de corruptores de  um Departamento de Propina da Empresa Construtora Odebrecht;

· a avistar, finalmente, políticos corruptos e empresários corruptores na cadeia;

· a acreditar e louvar o novo perfil do Ministério Público;

· a enaltecer a coragem e a independência da nova geração de Promotores Públicos e da Polícia Federal;

· a continuar a não vislumbrar solução para o  combate às drogas, o  mal maior do século;

· a, infelizmente, assistir à falência total do sistema carcerário e o seu domínio  nas  mãos das facções criminosas;

· a assistir; indignado, triste e revoltado, à total insegurança que assombra, ameaça e domina a população nos dias atuais;


· a, infelizmente, continuar enxergando as pessoas mais egoístas e o mundo mais desumano e cruel.

MORRE OUTRO ÍCONE DA MPB - B E L C H I O R


1º de maio de 2017



Acla Pedro Simões Neto 
HISTÓRIA DO DIA DO TRABALHO

Comemora-se no dia 1º de maio o Dia do Trabalho. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Em um boletim da época: “A partir de hoje nenhum operário deve trabalhar mais de 8 horas por dia, 8 horas de repouso, 8 horas de educação”. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. 

Dois dias após os acontecimentos (3 de maio) um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de 6 operários. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, operários fazem uma grande concentração com discursos contra a exploração e a jornada descomunal de trabalho. A polícia ataca e dezenas de mortos, centenas de feridos, milhares de presos, 5 líderes condenados a forca, 2 à prisão perpétua, 1 a quinze anos de cadeia é o saldo desse ocorrido. Sete meses depois, 4 são enforcados e 1 se envenenou. Em 1º de maio de 1888 a Federação Americana do Trabalho – AFL, marca nova greve, prosseguindo na luta pelos anseios, justiça e humanização do trabalho. Em 1889 a Internacional dos Trabalhadores decreta luta pelas 8 horas no mundo todo, encampando inclusive a proposta da AFL. 1891 é decretado o Dia Internacional dos Trabalhadores. 
Em 1932 Getúlio Vargas decreta no Brasil, as 8 horas de trabalho semanais apenas para os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores agrícolas ficaram de fora, não foram contemplados.
Alguns relatos em nossa historiografia, dizem que a data do 1º de maio, é comemorada em nosso país desde 1895, tendo começado inclusive com os imigrantes europeus especificamente os italianos que traziam consigo procedimentos básicos da Carta de Lavoro manifesta pelo governo fascista de Benito Mussolini, base também de nossa CLT. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data se tornou oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes que decretou feriado oficial.
Fatos importantes e convergentes relacionados as comemorações do dia 1º de maio no Brasil:
- Em 1932 Getúlio Vargas decreta as 8 horas de trabalho semanal para os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores agrícolas não foram contemplados pelo referido decreto.
- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer). Princípio hoje fora da realidade.
- Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.
- Em 1943 é criada a Confederação das Leis Trabalhistas – CLT.

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