sábado, 20 de maio de 2017


segunda-feira, 15 de maio de 2017

O fim do futebol-arte
 BERILO DE CASTRO


Quem acompanhou as decisões  dos campeonatos  regionais brasileiros, percebeu  claramente que os times, de uma forma geral, estão jogando um futebol que impera a força física, o corpo a corpo, muita correria, muito choque pessoal. Impressionante! Inassistível!
    Observa-se nitidamente, com pesar e tristeza, a ausência do futebol pensado, o futebol-arte, técnico, cadenciado e acadêmico; assim sendo, percebemos claramente  o seu desaparecimento, o seu final.

Não vemos mais o espetáculo do toque de bola refinado; das belas e rápidas tabelas dos atacantes na pequena área dos adversários; dos  gols trabalhados com muito requinte; das  geniais criações de jogadas de meio de campo; das jogadas de mestres dos zagueiros de área, saindo com a bola dominada e armando o jogo com o meio de campo; do perfeito posicionamento da defesa na pequena área, nas jogadas altas.
         O que temos assistido são jogadas feias e mal elaboradas; bolas não dominadas e chutões  para o alto; jogadores com medo da bola, procurando a todo custo se livrar o mais rápido possível das jogadas; passes errados em pequenas distâncias; chutes dispersos; o feio e confuso agarra agarra, os abrações dentro da pequena área no momento dos escanteios.
Não querendo ser saudosista, nem valorizar o passado, somos obrigados a voltar na esteira do tempo para  lembrar com orgulho e alegria do Flamengo de Zico e Leandro; do Santos de Pelé e Zico; do Palmeiras de Ademir da Guia e Luiz Pereira; do Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes e Nonato; do Atlético Mineiro de Reinaldo e Toninho Cerejo; do São Paulo de Dino Sani e Kaká; do Botafogo de Garrincha, Newton Santos e Marinho Chagas; do Vasco da Gama de Giovani e Romário;  do Fluminense de Rivelino e Pintinho; do Corinthians de Sócrates e Souza; o Grêmio de Porto Alegre com Ronaldinho; do Internacional de Lula e Falcão, e, de outras grandes estrelas de épocas passadas. Indiscutivelmente, perdemos a identidade e a  referência.

Hoje, os admiradores e conhecedores do bom futebol estão  se valendo e recorrendo aos embates europeus; o futebol da Liga dos Campeões da  Europa (Champions League), o futebol-arte, aberto, pensado, técnico, planejado, que empolga, emociona, enaltece o esporte mais popular do mundo.
        Que bom, assistir e vibrar  com as  belíssimas  apresentações dos ricos times da Europa, como o Real Madri, o Barcelona, a Juventus, o Bayern de Munique, o Chelsea e outros de iguais quilates.
Que o futebol - arte volte às equipes brasileiras e, assim sendo, possamos  novamente assistir belos e empolgantes espetáculos, que tão bem caracterizaram  e enriqueceram o país que sempre foi lembrado e reconhecido como o berço maior do  futebol mundial -  a terra do rei do futebol do planeta - Pelé.  




domingo, 14 de maio de 2017

HOMENAGEM ÀS MÃES



(Eugenio Bezerra Cavalcanti Filho)

Ana Carolina Vilela da Costa, mais conhecida como Ana Vilela, nasceu em Londrina/PR há 18 anos. Aos 12 anos de idade aprendeu a tocar violão com o tio, e aos 14, já compunha. Em dezembro do ano passado, uma de suas músicas, a canção “Trem Bala”, fez tremendo sucesso nas redes sociais. E o ano de 2017, para ela, não poderia ter começado melhor. Gisele Bündchen surgiu nas redes sociais tocando violão e cantando a canção, após sua assessoria ter pedido autorização para o uso da “Trem Bala”. E a famosa modelo ainda postou: ''Obrigada, Ana Vilela, por ter criado uma música tão verdadeira. A letra é tão inspiradora que até me arrisquei a cantar''.
Agora, a compositora fez uma linda versão da “Trem Bala”, para homenagear todas as mães, em razão do seu dia próximo. A música foi feita a pedido do Banco do Brasil, que divulgou o vídeo. O resultado ficou emocionante e já levou muitas mamães às lágrimas, entre elas a atriz Thaís Fersoza. “Aí você recebe de uma amiga a versão que Ana Vilela fez pro Dia das Mães, e olha como é que a gente fica! É chora de lá, chora de cá!”, disse a atriz em suas redes sociais. Se deliciem, então com o vídeo e com a letra!


TREM BALA (versão Dia das Mães)

Ana Vilela

Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si 

É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti 
É sobre desde cedo aprender a reconhecer a sua voz 
É sobre o amor infinito que sempre existiu entre nós 
É saber que você está comigo nos momentos 
Que eu mais preciso pra me acompanhar 
Então fazer valer a pena cada verso 
Daquele poema sobre o que é amar


Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu 

É ver que você me ajudou a trilhar cada caminho meu 
É sobre ter abrigo e fazer morada no teu coração 
É se eu precisar você sempre irá estender sua mão 
A gente já passou por tudo 
Qual seria a graça da vida sem você aqui? 
Pra ser o meu porto seguro 
Presente que a vida me deu logo que eu nasci


Não é sobre tudo o que o seu dinheiro é capaz de comprar 

E sim sobre cada momento que juntas podemos passar 
Contigo aprendi que o mais importante é ser do que ter 
E pelo o que eu me tornei só tenho a te agradecer 
Você me segurou no colo, sorriu 
E entendeu realmente o que era amar 
E eu desde o primeiro dia tão pequena 
Já soube que em ti podia confiar.
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MÃE

Mãe
devo-te este poema
que sempre
seguirei querendo
escrever
 
esperei fazê-lo
em toda a minha vida
 
esperei o sol
e a lua
 
e ambos passaram
e voltaram
com palavras mudas
douradas e
pálidas
 
versos
trouxeram-me as estrelas
o mar
e os rios
 
versos que devolvi
aos livros
e ao tempo
que os prendia
 
mas o teu poema
estava sempre
aquém e além do tempo
 
e a voz para dizê-lo
não me pertencia
 
mas vi-o
em teu ventre
onde vi nascerem
as dimensões da vida
 
e as dimensões
de Deus
 
e se o amor triunfa
em caminhos infinitos
 
não pode haver começo
ou fim
para o teu poema
 
 
                                                    (Horácio Paiva)
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Com esses dois preciosos trabalhos de dois amigos, faço a minha homenagem às mães em geral e, particularmente, à minha inesquecível Dona Lígia a quem dedico mais uma expressão real:

"Há duas classes de pessoas insubstituíveis nos cargos que ocupam: as mães e os gênios. A mulher mãe nem por outra do mesmo quilate pode ser substituída, porque a ternura maternal é peculiar a cada uma".
(Trecho escrito pelo Padre Luiz Teixeira, conhecido como 'Leão do Norte', na obra em homenagem ao virtuoso Padre Monte).

Pois é, minha mãe, o sentimento de orfandade ainda dói em mim. A Senhora está presente em minha vida permanentemente. Hoje, é apenas o dia consagrado às mães, mais um dia de profunda saudade.

Carlos Gomes